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Policial civil é morto com 12 tiros de fuzil
Por Kelly Zucatelli
Do Diário do Grande ABC
10/08/2009 | 07:00
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Ari Paleta/DGABC


O chefe dos investigadores do SIG (Setor de Investigações Gerais) de Santo André, Ramiro Diniz Júnior, 44 anos, foi executado na tarde de ontem em frente a seu açougue na Avenida Itamarati, na Vila Curuçá, em Santo André. Até a noite de ontem, a polícia ainda não tinha pistas dos criminosos.

A vítima foi alvejada com, pelo menos, 12 tiros de fuzil quando chegava ao local, por volta das 12h30, em seu Honda Civic. Junto com o investigador estava sua mulher e os dois filhos do casal, que conseguiram escapar ilesos dos disparos após se jogarem do veículo. Porém, segundo depoimentos de testemunhas, uma outra vítima foi ferida na perna por tiros, mas sobreviveu.

No momento da ação criminosa, pessoas que estavam numa padaria ao lado do comércio e passando pela rua saíram correndo desesperadas e entraram em outros estabelecimentos comerciais do bairro devido aos inúmeros disparos que ouviram.

"O filho do policial entrou desesperado na padaria onde eu estava, dizendo que tinham matado seu pai. Tentei acalmá-lo, mas o garoto estava muito tenso. Inclusive, quando saiu na calçada, chegou a pedir de joelhos que não deixassem seu pai morrer", disse uma mulher que pediu para não ser identificada.

O corpo do investigador só foi retirado do local por volta das 16h30, após a perícia concluir os trabalhos. Depois, foi levado para o 2º DP (Distrito Policial) de Santo André para aguardar a documentação e ser levado ao IML (Instituto Médico Legal). O corpo só foi liberado às 23h. O velório acontece no Cemitério Santo André, na Vila Humaitá, e o sepultamento está previsto para o fim da tarde de hoje.

O caso será investigado pelo DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa). Segundo testemunhas, os criminosos chegaram encapuzados em um automóvel Peugeot prata com vidros escuros. Porém, apenas uma pessoa desceu do veículo e efetuou os disparos.

A abordagem feita ontem ao chefe do SIG foi semelhante à ocorrida com seu ex-subordinado, o policial civil José Carlos dos Santos, 38 anos, o Carlão, no fim de março, quando os criminosos também chegaram em um carro com as mesmas características. Na época, Santos foi executado com 20 tiros de fuzil quando saía de casa para trabalhar, no Jardim Irene, em Santo André. (Colaborou Fabiana Chiachiri)




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