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Falta segurança no Pq.Guapituba em Mauá
Christiano Carvalho e Glauco Araújo
Do Diário do Grande ABC
25/03/2001 | 20:42
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Uma onda de violência está assustando trabalhadores e freqüentadores do Parque Ecológico de Guapituba, na avenida Capitão João, em Mauá. Só na semana passada dois corpos de homens foram encontrados no interior e nas proximidades do parque que não é totalmente cercado. Outro caso semelhante foi registrado em fevereiro. Tentativas de abuso sexual e tráfico de drogas também fazem parte da rotina do parque, que abre todos os dias, das 8h às 17h.

Além dos homicídios, que teriam ocorrido após o fechamento dos portões, muitos furtos são cometidos no local, a maioria contra o próprio patrimônio da Prefeitura Municipal de Mauá. Apesar de nenhuma queixa formal de abuso sexual dentro da área ter sido apresentada neste ano na Delegacia da Mulher, funcionárias do parque disseram à reportagem do Diário que já foram vítimas de constrangimentos por parte de freqüentadores. Segundo elas, homens, completamente despidos, já tentaram agarrá-las enquanto faziam a limpeza. Agora elas só trabalham em grupos para evitar a aproximação de pessoas estranhas. Os funcionários contam ainda que traficantes passam a madrugada usando e comercializando drogas no local.

A falta de policiamento fixo e fácil acesso são apontados pelos freqüentadores como as principais causas da criminalidade no Guapituba, que possui 468 mil m². No entanto, de acordo com o inspetor operacional da Guarda Municipal, José Nutes Massaranduba, dois guardas de um posto da corporação situado do lado de fora dão cobertura 24 horas por dia no parque, entrando para realizar rondas a cada uma hora. “Só temos dificuldade à noite por causa da falta de iluminação no local. Por isso usamos holofotes ou viaturas”, disse. Segundo ele, duas das 30 motos que serão recebidas pela Guarda Municipal nos próximos dias serão destinadas ao parque.

A presença de policiais militares também é esporádica, acontecendo mais nos fins de semana. Além disso, as cercas de isolamento baixas ou quebradas e a falta delas em vários trechos permitem a entrada e saída de qualquer pessoa. Segundo o delegado do 2º DP de Mauá, José Geraldo Santos Lima, uma solução para o problema é o controle de fluxo de pessoas. “Isolar a área seria uma outra forma de prevenção, pois não há policiamento específico por lá.”




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