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Estudante é morta com 4 facadas em Ribeirão
Glauco Araújo
Do Diário do Grande ABC
11/03/2004 | 21:50
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Um crime passional chocou os moradores Jardim Ribeirão Pires, às 15h40 desta quinta, em Ribeirão. A estudante de enfermagem Luciene Regina da Cunha, 19 anos, foi morta pelo ex-namorado, o inspetor de alunos Edivaldo de Jesus, 35, que desferiu pelo menos quatro facadas no peito e nos braços da vítima. Ela estava na frente de sua casa, em uma pequena chácara na rua Eugênio Roncon, e foi surpreendida por Jesus, que a matou quando os dois se despediam.

O inspetor foi preso em flagrante minutos depois de fugir pelo matagal que circunda a chácara. Ele foi descoberto por policiais militares da Ronda Escolar da cidade quando saía da vegetação, vestido apenas de cueca. “Ele se livrou da roupa, que não encontramos até agora, pois estava toda suja de sangue”, explicou o soldado Mateus Tenório.

O policial contou ainda que Jesus entrou novamente no matagal quando percebeu que estava cercado. “Não teve jeito, tivemos de entrar no mato para correr atrás dele, que tinha uma vantagem sobre nós, pois ele conhecia bem o local”, disse Tenório. Segundo os cálculos da polícia, o assassino correu por cerca de dois quilômetros até sair na rua Epitácio Pessoa, onde foi detido, já no Jardim Luso.

Na tentativa de se esconder dos policiais, Jesus invadiu quatro casas, que tinham quintais voltados para o matagal por onde ele fugia. “Por sorte, ele não fez nenhum refém. A casa em que ele entrou não tinha morador. Entramos no imóvel e fizemos uma busca no local até o encontrarmos, escondido embaixo da cama do quarto de casal”, acrescentou o soldado Douglas Cristiano.

O crime foi cometido pelo ciúme que Jesus tinha da ex-namorada. Ele não se conformava com o término do namoro. “Eles tinham um relacionamento turbulento. Depois que ela terminou o namoro, ele não aceitava isso”, disse um parente da vítima, que não quis se identificar.

Amigas – A manicure Fabiana de Oliveira, 26 anos, ficou assustada quando soube da morte de Luciene. “Eu tinha conversado com a mãe dela no ônibus no caminho de casa. Falamos sobre o meu trabalho e até perguntei se estava tudo bem na casa dela. Nunca poderia imaginar uma coisa dessas.”

“Ela é cliente do meu salão. Também fiquei assustada, pois saiu todo mundo na rua para saber de onde vinham os gritos de socorro. Só depois é que ficamos sabendo que a Luciene tinha morrido”, comentou uma cabeleireira, que não quis se identificar.




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