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Rede D'Or compra Hospital Assunção
Por Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
14/09/2010 | 07:11
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A rede de Saúde privada carioca D'Or adquiriu o Hospital Maternidade Assunção, em São Bernardo. A negociação chegou ao fim na sexta-feira, mas os valores não foram revelados. Este é o segundo estabelecimento que a empresa abocanha na região. No começo do ano foi a vez do Hospital e Maternidade Brasil, em Santo André.

Segundo o vice-presidente da rede, Jose Roberto Guersola, a companhia continua com o objetivo de expandir no mercado. "A estratégia da empresa é crescer. O Grande ABC é uma região muito atraente. Se aparecer outra oportunidade, vamos analisar." No entanto, o executivo negou a prospecção de outro hospital nas sete cidades no momento.

Como para o Assunção, Guersola não abriu o investimento para a aquisição do Brasil no início do ano. Mas afirmou que está bem posicionado na região. "A concorrência com hospitais privados do Grande ABC não é vista como dificuldade, diferentemente do que acontece na Capital."

No início do mês, a D'Or comprou o controle acionário do Hospital São Luiz, em São Paulo, que possui três unidades. "Somando os cinco hospitais na Grande São Paulo, temos aproximadamente 1.250 leitos", afirmou Guersola.

LUCRO
Na avaliação do advogado especialista na área de seguros Antonio Penteado Mendonça, a entrada da D'Or em São Paulo conta com várias características de força. "Eles têm vários parceiros financeiros de peso. E adquiriram hospitais de referência", pontuou. "A aquisição do São Luiz com certeza colocou a empresa em destaque em São Paulo".

Mendonça explicou que os hospitais particulares são movidos pelos planos de saúde. "E há uma grande diferença entre os valores pagos aos médicos pelas consultas e aos estabelecimentos pelas internações." Ele acredita que, como o São Luiz tem grande movimento de pacientes, a D'Or deverá ter alta rentabilidade. O grupo São Luiz tem faturamento mensal de, aproximadamente, R$ 2,3 bilhões.

A rede está presente no Rio de Janeiro, Grande São Paulo e Pernambuco, somando 18 hospitais. Também faz a gestão de dois estabelecimentos e tem três em construção.

Depois que adquiriu o Brasil, os clientes não reclamam. "Para mim melhorou. Já fiz cirurgia, e está muito bom", afirma a aposentada Eulalia Dias, que mora em São Paulo e vem até Santo André para fazer tratamento. Simone Viola, que morava na cidade, mudou-se para Serra Negra, "mas continuo vindo até aqui. Há 14 anos sou bem atendida."


Estabelecimentos fechados na região não estão nos planos

O vice-presidente da rede carioca de saúde privada D'Or, Jose Roberto Guersola, descartou interesse em adquirir os hospitais que foram fechados recentemente no Grande ABC, incluindo o Hospital São Caetano, que possui estrutura, mas está inativo desde agosto.

Depois que o andreense Hospital Brasil rescindiu o contrato de gestão com o São Caetano, o estabelecimento são-caetanense teve queda no atendimento, até que fechou as portas completamente, neste ano, motivado pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), que liquidou extrajudicialmente o plano de saúde Di Thiene.

O convênio tinha exclusividade de atendimento no estabelecimento.

O empreendimento do Hospital Puer, antiga Maternidade Neomater, em São Bernardo, também não faz parte dos planos da rede carioca. No começo de agosto, o Ministério Público decretou o fechamento das portas da empresa prestadora de serviços de saúde.

 




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