Sem local para ensaiar desde 16 de maio, a Banda Lyra de Mauá pode hoje retomar seus trabalhos em sua sede, mas com algumas modificações em sua rotina. Em reunião realizada ontem entre moradores e o presidente do grupo musical, Carlos Binder, ficou definido que será levantado um muro na sede para verificar se o som será amenizado e a grade de ensaios será alterada.

A secretária municipal de Educação e Cultura, Angela Donatiello Lopes, também esteve presente e confirmou que a administração já tem um terreno reservado que será doado ainda este ano para que a Banda Lyra construa uma nova sede, em região distante de área residencial. Depois de formalizada a doação do imóvel para a banda, Binder disse que buscará recursos por meio da Lei Rouanet, que visa incentivar investimentos culturais, para conseguir a construção da sede própria.

Para a reunião de ontem, foram distribuídos 120 convites para a vizinhança mas apenas 15 pessoas compareceram. Entre eles, Ederson Elir da Silva, que denunciou o barulho excessivo e obrigou a paralisação dos ensaios. "Vamos dar uma nova chance, mas caso eles não cumpram o combinado, vamos rever o acordo", disse.

Após a construção do muro, o maestro Binder fará os testes e convocará os moradores para saber se o som diminuiu. Caso não resolva parte do problema em 90 dias, a diretoria do conjunto buscará recursos com empresas para fazer uma reforma completa.

Os ensaios da semana, que antes eram totalmente instrumentais das 8h às 11h, passarão a ser das 8h às 9h30 somente com teoria e, das 9h30 às 11h com instrumentos. Aos sábados e domingos os horários também serão alterados.
Com as atividades impedidas desde 16 de maio, conjunto consegue aval de vizinhos.