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Acordo salarial atinge melhores índices
Por Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
18/03/2011 | 07:00
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As conquistas salariais obtidas no ano passado atingiram o maior patamar desde 1996, dentro da série histórica do levantamento realizado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Em 2010, 89% dos aumentos salariais obtidos pelos trabalhadores brasileiros superaram a inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).

Os ganhos são reflexo de forte crescimento econômico - o PIB (Produto Interno Bruto) subiu 7,5% em 2010 -, da redução da taxa de desemprego, ampliação de vagas formais além de uma inflação controlada, segundo a supervisora técnica do escritório do Dieese em São Paulo, Eliana Elias.

"Não podemos deixar de falar da liberdade sindical. Afinal de contas, foi por meio das negociações entre sindicatos patronais e dos trabalhadores que os aumentos foram conquistados", cita Eliana.

Além de apresentar a maior incidência de reajustes com aumento real nos salários, o estudo aponta que em 2010 houve crescimento significativo no número de negociações nas faixas mais elevadas de elevação real. Em 2010, 106 negociações (15% do painel) apresentaram ganhos reais superiores a 3%.

Considerando as mesmas 700 unidades de negociação nos dois anos anteriores, nota-se que em 2008 foram 29 discussões (4% do painel) com ganhos reais equivalentes; e em 2009, 37 reivindicações (5% do painel). Quanto às conquistas superiores a 5%, a mesma tendência é observada: 28 negociações em 2010, diante de duas negociações em 2008 e dez em 2009.

"Nossa perspectiva é de que neste ano haja continuidade desse crescimento, em ritmo mais moderado, porém, sustentável", projeta a supervisora do Dieese.

GRANDE ABC - Conforme publicou o Diário, operários fecharam acordos históricos em 2010. Os funcionários da GM (General Motors), de São Caetano, por exemplo, tiveram reajuste de 9% - o piso salarial passou de R$ 1.305,50 para R$ 1.423; e o teto salarial de R$ 7.000 para R$ 7.630.

Já os trabalhadores das montadoras de São Bernardo (Ford, Scania, Mercedes-Benz e Volkswagen) conquistaram aumento salarial de 10,8%. Com a decisão, o piso da categoria passa a ser de R$ 1.393, com teto de R$ 7.630.




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