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Com provável fusão, Aidan não fecha as portas para Salles

PSB e PPS tendem a unir forças; ex-prefeito abre chance de acordo desde que encabece chapa e faz contraponto com Alex Manente

Por Fabio Martins
Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
03/05/2015 | 07:00
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Anderson Silva/DGABC


Diante da possível fusão entre PSB e PPS, o ex-prefeito de Santo André Aidan Ravin, filiado às fileiras socialistas e pré-candidato ao Paço em 2016, se antecipa, elogia e evita fechar as portas para o ex-adversário nas urnas Raimundo Salles, ex-secretário de Cultura, que também se coloca na disputa sucessória pela ala popular-socialista. O ex-chefe do Executivo abriu a chance de acordo eleitoral, cogitando a formação da dupla desde que “encabece a chapa” majoritária. Apesar do cenário, a dobrada, entretanto, tem pouca probabilidade de efetivação devido à incompatibilidade política.

No balanço regional, Aidan utilizou o deputado federal Alex Manente (PPS) como margem de contraponto de forças em cada cidade, o que, segundo ele, nortearia o nome principal. “Em São Bernardo, o Alex é pré-candidato forte. Tendo a fusão, ele naturalmente continua na cabeça. Aqui, se efetivasse (a união), tem alguns quadros. Precisamos conversar neste sentido para que haja bom senso”, alegou, ao enaltecer a trajetória política de Salles. “Ele trabalha, luta, não para. Participou das duas eleições anteriores (2008 e 2012). Foi secretário em três municípios. É pessoa capacitada.”

O socialista deixou a entender que espera apoio ou composição com o ex-prefeiturável, que saiu do governo Carlos Grana (PT) em outubro – Salles ocupou por quase dois anos a secretaria, após aderir a campanha do petista no segundo turno da eleição de 2012, em detrimento da candidatura de Aidan, então comandante da Prefeitura. “Teríamos de pensar acima de município, em projeto. Sei que ele está preocupado com a cidade. Há muita coisa para se dialogar para o bem de Santo André. Necessitamos somar, não dividir.”

NA CIDADE VIZINHA
Em São Bernardo, a união não foi bem digerida pelo único vereador do PSB, Antonio Cabrera. O parlamentar tinha pretensão de projeto de candidatura ao Paço no ano que vem e promovia série de encontros com integrantes da executiva estadual para se cacifar à empreitada. Com o avanço da fusão, Cabrera admite que qualquer projeção e até mesmo seu futuro político estão incertos. “Estava trabalhando por propósito e agora, francamente, não sei como vai ficar tudo isso. Não estou criticando, somente desconheço como seguirei.”

Atualmente, as siglas estão de lados distintos na política local. Enquanto Cabrera se diz independente e atua com trânsito livre no governo do prefeito Luiz Marinho (PT), o PPS, que tem cinco vereadores, lidera o discurso oposicionista na Câmara. A união proporcionaria o segundo maior bloco, com seis cadeiras, atrás só do PT, com oito vagas. Cabrera adota fala tímida quanto a junção. “Tudo precisará de muito diálogo.” 




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