As comemorações do Dia do Trabalho no Grande ABC atraíram público menor do que o esperado pelas organizações dos eventos. A chuva e o clássico entre Corinthians e Palmeiras foram apontados como fatores para reduzir de 160 mil, previsão inicial, para cerca de 80 mil o número de pessoas que prestigiaram os eventos em Santo André e São Bernardo.

Da mesma forma como ocorreu no ano passado, o público fugiu dos discursos políticos. Na cidade andreense, onde a festa não tem manifestações políticas, cerca de 70 mil pessoas compareceram ao Espaço Pirelli, segundo a Defesa Civil. Pouco mais que a metade do volume esperado pela Prefeitura, de 120 mil pessoas.

A festa foi marcada pela apresentação dos grupos de pagode Pixote, Katinguelê e das duplas sertanejas Victor & Leo, João Bosco & Vinícius, Fernando & Sorocaba, Marcos & Belutti e do cantor Luan Santana.

Em São Bernardo, a comemoração promovida pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC - junto à CUT-ABC (Central Única dos Trabalhadores) e demais sindicatos cutistas -, reuniu cerca de 10 mil pessoas; a previsão inicial era atrair o mesmo público do ano passado, quando 40 mil prestigiaram os shows musicais e os discursos políticos. Cantores que estiveram em Santo André também participaram da festa são-bernardense.

A redução da jornada de trabalho, o fim do fator previdenciário e o combate à inflação deram o tom aos discursos dos sindicalistas na cidade. Com público superior ao do ano passado, a tradicional missa de São Bernardo, que está na 31ª edição, estava esvaziada de políticos e lideranças sindicais.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pelo quarto ano, não compareceu à celebração. Seus seguranças chegaram a ir à igreja no sábado para monitorar o lugar e ver se sua presença não causaria problemas. Mesmo assim ele não foi. O prefeito Luiz Marinho também não compareceu. Mais tarde, no entanto, esteve na festa organizada pela CUT.

SÃO PAULO - A chuva atrapalhou também a festa da Força Sindical, UGT (União Geral de Trabalhadores), CGBT (Confederação Geral dos Trabalhadores do Brasil), Nova Central e CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) em São Paulo. Cerca de 1,5 milhão de pessoas acompanhavam aos shows, quando parte do palco desabou e a festa foi suspensa por motivos de segurança. A comemoração da CUT também foi atingida pelo mau tempo. Boa parte do público deixou a local para se esconder da chuva.

A presidente Dilma Rousseff não esteve em nenhuma comemoração por conta de uma pneumonia. Mandou mensagem lembrando que a data se transformou no símbolo da luta pela dignidade do trabalho em todo o mundo e reforçou o compromisso com a melhoria de vida dos trabalhadores.