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Metalúrgicos da GM terão reajuste de 9%
Por Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
14/09/2010 | 07:03
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Os 11 mil trabalhadores da GM (General Motors) de São Caetano aprovaram, por unanimidade, reajuste salarial de 9%, em assembleia realizada ontem no portão 4 da fábrica. Além do aumento, os metalúrgicos receberão abono, de parcela única, no valor de R$ 2.200, que será pago na sexta-feira. Para se ter ideia, só esse complemento salarial representa injeção de R$ 24,2 milhões na economia local. "Com esse extra, já dá para o trabalhador sanar algumas dívidas pessoais", diz Francisco Nunes, presidente em exercício do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano.

Somando o aumento salarial com o abono, neste mês, os funcionários terão reajuste total de 13%, contabiliza o terceiro secretário do sindicato, Cícero Marques da Costa.
Segundo Nunes, o reajuste foi composto pela reposição do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), de 4,29%, e aumento real de 4,52%. "A votação dos trabalhadores (unânime)reflete a satisfação de todos."

Com o reajuste, o piso salarial passou de R$ 1.305,50 para R$ 1.423; e o teto salarial de R$ 7.000 para R$ 7.630. Sendo que, para os funcionários que recebem acima desse valor, será pago ainda um fixo de R$ 686 - incorporado ao salário mensal desde 1º de setembro.

CONQUISTAS
Além do aumento, os metalúrgicos de São Caetano conquistaram ainda extensão da licença-maternidade de quatro para seis meses (120 dias para 180 dias). O auxílio-creche também teve reajuste, com a reposição do INPC dos últimos 24 anos - 2009 e 2010 (o que totaliza 8,73%). O valor do benefício passou de R$ 329,58 para R$ 358,35 (com recibo) e de R$ 164,79 para R$ 179,18 (sem recibo).

NEGOCIAÇÕES
As negociações com a GM terminaram na madrugada de sábado, após 17 horas de reunião, iniciada às 9h de sexta-feira. A princípio, a montadora havia sugerido apenas 0,7% de aumento real de salário, contra a proposta de 15% solicitada no início de agosto pela categoria.

Nunes explica que, no começo da campanha e das rodadas de negociação, as reuniões com a bancada patronal eram realizadas em conjunto com a FEM-CUT/SP (Federação dos Sindicatos Metalúrgicos da CUT de São Paulo). Porém, no decorrer das rodadas a categoria de São Caetano achou melhor tratar diretamente com a empresa automotiva.

"Nosso reajuste (de 8,3%) em 2009 foi maior do que o da categoria das demais cidades, portanto, nossas negociações não casavam no que diz respeito a alguns índices econômicos. Por isso, achamos por bem negociarmos a parte, para não intervir nas rodadas dos demais grupos", acrescenta o presidente do sindicato.

 




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