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Postos seguem lei seca em Mauá
Renan Fonseca
Do Diário do Grande ABC
24/05/2011 | 07:07
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Uma simples lata de cerveja é algo praticamente impossível de encontrar nos postos de combustíveis e lojas de conveniência em Mauá. Quarenta e cinco dias depois que a lei municipal 4.640 entrou em vigor, os estabelecimentos não apresentam qualquer indicativo de voltar a ter bebidas alcoólicas nas prateleiras. Antes de a lei entrar em vigor, postos de abastecimento se transformavam em pequenas baladas à noite. Agora, o famoso ‘esquenta' entrou em extinção na cidade, pelo menos nesses estabelecimentos.

A equipe do Diário percorreu postos ontem e encontrou geladeiras com logotipo de cervejarias que agora refrigeram apenas produtos não alcoólicos. Logo na entrada das lojas, uma grande placa anuncia a proibição de venda e consumo de bebidas alcoólicas.

A reclamação dos vendedores é a mesma em ao menos 12 estabelecimentos: sem a venda de bebidas, o consumo de salgadinhos e petiscos também caiu. Mas, em compensação, a vizinhança não enfrenta mais som alto de madrugada e a típica bagunça de jovens que faziam a festa na área dos postos.

"Antes, o cliente estacionava o carro para abastecer e tomava uma latinha de cerveja, comia um salgadinho. Agora isso acabou. As pessoas não deixaram de frequentar o posto, mas agora é só para abastecer mesmo", comentou o gerente de posto Patrício Santos, 32 anos. "Os vizinhos já vieram elogiar, pois à noite, antes de a lei passar a valer, os moradores reclamavam do som alto dos carros", comentou.

A Prefeitura informou que, desde o dia 9 de abril, quando a diretriz passou a valer, nenhum estabelecimento foi multado. "Não dá para misturar as coisas: álcool e direção. Por isso, sempre achei um absurdo vender bebidas nas lojas de conveniência", comentou o fotógrafo Charlles de Andrade, 29 anos. "Pelo menos, agora acabou aquela bagunça que ficava nos postos", disse.

EXEMPLO
As prefeituras de Diadema e São Caetano informaram que existe a hipótese de criar lei específica para a proibição de venda de bebidas alcoólicas nos postos, como em Mauá. No caso de São Caetano, a administração informou que o assunto ainda está na fase de estudos de vaibilidade.

Em Diadema, onde a comercialização de bebidas alcoólicas é proibida nos bares e restaurantes após as 23h, a medida também pode ser estendida para os postos. A Prefeitura informou que, por enquanto, o consumo de bebidas alcoólicas está proibido nesses estabelecimentos, mas não a venda.

As administrações de Santo André e São Bernardo, onde não existe qualquer lei inibindo consumo e venda de bebidas, não se manifestaram até o fechamento desta edição.




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