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Foro quer conscientizar sobre falta de água no planeta
Por Do Diário do Grande ABC
15/03/2000 | 13:00
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Um foro mundial de discussao terá início, nesta sexta-feira, em Haia, com o objetivo de sensibilizar a opiniao pública e os dirigentes do planeta sobre a escassez de água, que se agravará no século XXI.

O Foro Mundial da Agua vai agrupar três eventos. O foro propriamente dito reunirá durante seis dias cerca de três mil participantes, entre profissionais, personalidades e público, uma vez que a única condiçao para participar do evento é o pagamento do ingresso (US$ 500,00). O foro terá 86 mesas redondas e centenas de seminários. Os ausentes poderao acompanhá-lo parcialmente pela Internet.

Paralelamente, será organizada uma feira-exposiçao, na qual as agências da ONU e as multinacionais do setor apresentarao aos cerca de 30 mil visitantes suas receitas para abastecer corretamente de água os seis bilhoes de habitantes do planeta.

Finalmente, uma conferência de dois dias da qual participarao representantes de cem países, ministros do Meio Ambiente ou de Recursos Hídricos, encerrará o Foro, com a adoçao, em 22 de março, de uma declaraçao de caráter geral.

Três relatórios foram elaborados para o Foro, por órgaos patrocinados pelo Banco Mundial. O primeiro, com o título de ``Visao Mundial da Agua' e redigido pelo Conselho Mundial da Agua, descreve a situaçao atual e faz uma previsao para 2025, se novas estratégias nao forem adotadas. O segundo é um ``Padrao de Açao', definido pela Associaçao Global da Agua, que dá sugestoes para mudar a atual situaçao. O terceiro, por sua vez, é um resumo preparado pela Comissao Sobre a Agua no Século XXI.

Aalt Leusink, um dos chefes do comitê organizador, assinalou que este segundo Foro Mundial da Agua nao tem nada a ver com o primeiro (que reuniu cerca de 500 especialistas em Marrakech, em março de 1997) nem com a Conferência de Paris sobre Agua (da qual participaram, um ano mais tarde, 86 chefes de Estado ou de Governo e 1,2 mil delegados).

O foro de Haia ``nao é uma conferência diplomática e sim um foro', reforçou Leusink, afirmando que o objetivo do evento nao é realizar grandes discursos e sim reunir o maior número possível de pessoas, para que a gravidade dos problemas e os esforços necessários para solucioná-los sejam compreendidos.




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