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Em desvantagem, prefeitos prometem recuperação

Superados por oposicionistas em pesquisa de intenções de votos para eleição de 2016, chefes dos Executivos apostam em virada

Por Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
02/03/2015 | 07:00
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Promessa de recuperação e herança de dívidas. Esses foram os principais argumentos utilizados pelos prefeitos da região, que tentarão reeleição em 2016, ao comentarem o fato de serem superados por opositores em pesquisa de intenções de votos, feita pelo DGABC Pesquisas, encomendada pelo Diário. Estudo publicado ontem, com vistas ao próximo pleito municipal, mostrou oposição à frente dos atuais chefes dos Executivos.

Em Diadema, o prefeito Lauro Michels (PV), que foi batido na sondagem pelo ex-prefeito e atual secretário da Saúde da Capital, José de Filippi Júnior (PT), considerou que os problemas financeiros herdados pelo seu antecessor, Mário Reali (PT), limitaram algumas realizações do seu governo. Entretanto, considerou positiva sua liderança na sondagem espontânea (questionamento sem estímulo). “Esse resultado foi muito bom, porque mostra que a população vem enxergando minha gestão. Se o Filippi fosse tão referência assim, estaria na frente dessa”, comentou. Neste cenário, Lauro teve 8,3% da preferência, contra 3,5% do petista.

O verde garante respeitar os índices apresentados, e que a mostragem proporciona reflexão. “Vou seguir trabalhando com toda dedicação. Muitos já veem o que conseguimos fazer, em comparação ao que o PT fez em 30 anos. Tenho a confiança de avançaremos ainda mais e esses estudos vão modificar. Vou para cima de quem vier para vencer”, destacou.
Mais contido, o prefeito de Mauá, Donisete Braga (PT), concordou com verde, porém atribuiu o resultado à questão política. “Há muito desgaste da classe e, em especial, ao que o PT passou nos últimos dias. Além disso, meus adversários passaram recentemente pelas urnas e isso dá um bom recall”, avaliou, referindo-se às eleições de Vanessa Damo (PMDB) e Atila Jacomussi (PCdoB) nos cargos de deputados estaduais e que apareceram bem cotados na pesquisa. A peemedebista lidera a corrida em Mauá.

O chefe do Executivo salientou que sua administração está viabilizando inúmeros projetos para a cidade, que ainda proporcionarão impacto perante a população.
“Até abril teremos unidade do Poupatempo que, por mais que seja do governo do Estado, exige muito da Prefeitura e ajuda demais os moradores. Conseguimos modificar os Transporte Público, que já mudou muito a avaliação da gestão. Vou buscar melhorar e usar estudo como parâmetro”, explicou.

Atrás de todos os seus rivais em Ribeirão Pires, o prefeito Saulo Benevides (PMDB) também atribuiu a dívidas anteriores os problemas em sua administração. Porém, garante que conseguirá efetuar ações nas áreas da Saúde, Educação e Segurança, que mudarão a opinião dos eleitores.
“Vamos deslanchar com grandes obras. Vou subir na hora certa”, enfatizou.
Já na visão de Gabriel Maranhão (PSDB), chefe do Executivo de Rio Grande da Serra, o resultado é natural para os gestores. “Quem está no comando sofre mais com as constantes avaliações.

Entretanto, considero as intervenções que fizemos como fundamentais e muitos na cidade estão reconhecendo isso”, explicou o tucano, que ficou atrás do petista Claudinho da Geladeira.
Os prefeitos de Santo André, Carlos Grana (PT), e o de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), não foram localizados para comentar o resultado. 




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