Política Titulo Perseguição
Araújo pede liberação para deixar o PMDB

Parlamentar alega perseguição da municipal para obter autorização da Justiça; presidente nega

Por Caio dos Reis
Especial para o Diário
26/02/2015 | 07:00
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Orlando Filho/DGABC


Líder do governo Carlos Grana (PT) na Câmara, o vereador de Santo André José de Araújo (PMDB) impetrou ação de justa causa no TRE-SP (Tribunal Superior Eleitoral de São Paulo) em que pede liberação para desfiliação partidária. No documento, protocolado em dezembro, o parlamentar peemedebista alegou perseguição política da executiva municipal e requer declaração da Justiça, o autorizando para eventual saída da legenda, o que seria aval para que ele se desvincule da sigla sem correr risco de perder o mandato no Legislativo.

Desde 2013, Araújo está enquadrado por conselho de ética da legenda na esfera estadual, devido a processo movido pela comissão municipal, o que tem provocado desgaste ao político desde 2013. Ao colocar o caso como principal justificativa da ação, o vereador mencionou que a comissão criada no âmbito paulista gerou imbróglio e que não tem desfecho. “Passou todos os prazos e o parlamentar não é julgado. Isso demonstra a perseguição depois da mudança do diretório local”, afirmou o advogado eleitoral Leandro Petrin, que defende o peemedebista.

Petrin acrescentou que a situação ocasionou “constrangimento” a Araújo, que está no sétimo mandato parlamentar. “O vereador vai esperar por justa causa. Enquanto isso, ele continuará no partido”, sustentou. Araújo endossou as palavras do advogado. Segundo ele, no momento, não existe desfiliação. “Eu me mantenho filiado ao PMDB. O futuro só Deus sabe. Mas hoje ainda estou no PMDB e filiado à legenda”, contou. Nos bastidores, ele já estuda convites para migrar a legendas aliadas ao Paço, como PSD e o futuro PL (Partido Liberal).

Presidente da executiva local do PMDB, Nilson Bonome confirmou o recebimento de notificação do cartório eleitoral. “O setor jurídico do PMDB do Estado está analisando o caso e tomará as medidas cabíveis”, disse. Em contrapartida, o dirigente nega que haja perseguição contra Araújo. “Isso não existe. O processo foi movido tendo em vista a postura adotada pelo vereador”, frisou o dirigente, referindo-se ao fato de o parlamentar ter apoiado a candidatura de Aidan Ravin (PSB) na eleição de 2012 em detrimento do voo solo do PMDB na cidade, com o próprio Bonome.

Araújo possui relação estremecida com o mandatário da municipal e sequer participa de reuniões mensais do partido. Esquivando do embate, Bonome evitou dar o parecer em relação ao impasse. “Não sei qual será o caminho ainda, mas o estatuto do partido deve ser respeitado.” 




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