Aliviado após uma grande batalha jurídica travada com o Atlético-PR, Dagoberto promete relaxar neste sábado. O atacante foi apresentado sexta-feira no CT da Barra Funda e já avisou: vai vestir a camisa tricolor no Morumbi esta tarde. “Quero ir no estádio e torcer muito”, disse o reforço, que não pode ser inscrito mais no Estadual – deve ser aproveitado apenas na Libertadores da América.

Após nove meses de negociação, finalmente o jogador pôde respirar aliviado. Pagou a multa contratual que tinha com o Atlético-PR, de R$ 5,4 milhões, e assinou por cinco anos com o São Paulo. “Saí da turbulência e cheguei ao paraíso”, desabafou Dagoberto, minutos antes de sua apresentação. Mesmo cercado por dezenas de cinegrafistas e bombardeado por flashes, não reclamou. Ficou com o sorriso até o final das perguntas. Era o fim de uma angústia. “Eu não podia ir ao shopping sem ser hostilizado pelos torcedores, que acreditavam no que a diretoria dizia. Apesar de não jogar há muito tempo, estou bem fisicamente. Em 2007, só me escalaram por dez minutos no dia 19 de janeiro. Me colocaram em campo só para a torcida me xingar”, reclamou Dagoberto.

Em meio a diversas críticas ao Atlético-PR, Dagoberto revelou que os dirigentes paranaenses seguem guardando mágoa dos paulistas. Afinal, também após briga judicial, o São Paulo já havia tirado Aloísio do rubro-negro de Curitiba. Além disso, muitas foram as trocas de farpas entre são-paulinos e atleticanos na final da Copa Libertadores de 2005, vencida pelo Tricolor.

“Tenho certeza que se eu estivesse negociando com outro clube, tudo teria se resolvido antes. Lá no Paraná, eles diziam que eu podia ir para qualquer clube, menos para o São Paulo”, lamentou o jogador, que viu sua transferência virar uma longa novela, com duração de aproximadamente nove meses.