Vinte e quatro pessoas foram presas no Estado de São Paulo durante a Operação Bola de Fogo, desencadeada pela PF (Polícia Federal). A ação cobriu 11 Estados com o objetivo de desmontar uma organização criminosa responsável pelo comércio clandestino de cigarros no país.

De acordo com balanço divulgado pela PF nestta sexta-feira, além das prisões, os agentes apreenderam em São Paulo 25 veículos de luxo, entre eles uma Ferrari, quatro armas de fogo, US$ 750 mil e R$ 250 mil.

Os presos serão indiciados pelos crimes de formação de quadrilha, contrabando e descaminho, corrupção, facilitação de descaminho, crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro.

Remédios – No feriado do dia 12, a PF prendeu mais cinco pessoas acusadas de pertencer à quadrilha que vendia remédios cuja comercialização direta aos consumidores é proibida, através da Internet.

Quatro foram presas em cidades do Rio Grande Sul e outra em São José do Rio Preto (SP). Com as novas detenções, sobe para 13 o número de integrantes da quadrilha presos pela PF no Brasil e pelo DEA (Departamento de Narcóticos Americano) nos Estados Unidos.

Em um ano, de acordo com a PF, a quadrilha movimentou mais de US$ 20 milhões em vendas de medicamentos proibidos. Segundo os policiais apuraram, a medicação era usada como entorpecente por jovens de vários países. Os jovens encomendavam os medicamentos num site e recebiam a droga pelo correio, enviada do Brasil ou de algum país vizinho.

Os medicamentos eram desviados de farmácias e de hospitais. Em apenas uma conta bancária, bloqueada pela polícia nos EUA, o saldo era de mais de US$ 2 milhões. A maioria dos jovens incriminados são filhos de famílias classe média alta.