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Em Diadema, parte do PT vislumbra aliança com PMDB

Setores do petismo cogitam repetir elo nacional entre siglas; Filippi seria candidato a prefeito e David Schmitd ficaria na vice

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
06/12/2014 | 07:26
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Montagem/DGABC


Setores do PT de Diadema já iniciaram diálogo para reproduzir a aliança nacional do petismo com o PMDB na cidade, para a eleição de 2016, quando a sigla tentará retomar o comando do Paço. E nomes são colocados à mesa: o ex-prefeito e hoje secretário de Saúde da Capital, José de Filippi Júnior (PT), encabeçaria a chapa, tendo o ex-secretário de Transportes David Schmitd (PMDB) como vice.

A dobrada é especulada, por enquanto, por pequena parcela do PT e por grande parte de peemedebistas. A escolha por Schmitd é ter ex-aliado do prefeito Lauro Michels (PV) em candidatura de oposição, para demonstrar que o verde não agrada nem mesmo que o apoiou na eleição em 2012.

Hoje o PMDB está na base aliada ao governo Lauro, com sua única representante no Legislativo, a vereadora Cida Ferreira, se mantendo fiel ao Paço. Porém, nas gestões de Filippi e Reali, Cida também esteve ao lado do governo, fato que mostra que a peemedebista não teria dificuldade em mudar novamente de lado.

Schmitd foi um dos principais fiadores da candidatura a prefeito de Lauro – foi tesoureiro e coordenador da empreitada. Ele ficou por seis meses acumulando a Pasta de Segurança Alimentar com a de Transportes, mas entrou em atrito com funcionários e com o chefe do Legislativo em junho de 2013. Após a demissão, passou a fazer oposição ao atual governo e lançou até candidatura a deputado estadual pelo PMDB – recebeu 6.658 votos.

Entretanto, há alas extremamente resistentes com a sinalização de reabertura da chapa petista a aliados. Na avaliação da derrota eleitoral de 2012, o elo com diversos partidos da base de sustentação – entre eles o DEM – e a manutenção da dobrada com o ex-prefeito Gilson Menezes (PSB) foram colocados como principais pontos do revés histórico.

Entre esse bloco, a candidatura almejada seria a de Filippi como número um da chapa com o hoje presidente da Câmara de Diadema, Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT), na vice. Maninho já manifestou interesse em ser candidato a prefeito, pregando renovação dos quadros partidários – caso Filippi seja mesmo o postulante petista ao Paço, seria a quarta tentativa (foi vitorioso em 1992, 2000 e 2004).

“Não pensei direito sobre o que vou fazer. Estou digerindo ainda este pleito. Preciso deixar passar 2014 para pensar no futuro. Campanha não é fácil. Ainda mais quando não se tem êxito”, despistou Schmitd. O peemedebista afirmou que terá de conversar com a cúpula do partido antes de tomar decisão, porém não descartou figurar nas urnas em 2016. “Foi uma experiência (ser candidato em 2014). Sempre falam que o ser humano tem de escrever um livro, ter filho e plantar uma árvore, mas incluo ser candidato.” 




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