Política Titulo Diadema
Presidência da Câmara une rivais PSDB, PT e PV

Ideia, ainda embrionária, colocaria Maninho como presidente
do Legislativo nos dois primeiros anos da gestão de Michels

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
08/12/2012 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


Verdes, tucanos e petistas de Diadema iniciaram nesta semana estruturação de união de forças para a eleição à presidência da Câmara. As conversas feitas entre integrantes da futura administração do prefeito eleito Lauro Michels (PV) e representantes do PT serviriam para minar poder de legendas que estavam no arco de alianças de Mário Reali (PT) e que hoje negociam ingresso na base governista de Michels.

A ideia, ainda embrionária, colocaria Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT), como presidente do Legislativo nos dois primeiros anos da gestão verde. José Dourado (PSDB) ocuparia o posto na segunda metade do mandato de Michels.

Juntos, PV, PSDB e PT contam com 12 votos (os verdes Márcio da Farmácia, Marcos Michels, Milton Capel e Lúcio Araújo; os tucanos José Augusto da Silva Ramos e Dourado; e os petistas Maninho, Lilian Cabrera, José Antônio da Silva, Ronaldo Lacerda, Josa Queiroz e Orlando Vitoriano). Quantidade suficiente para conquistar a presidência sem necessidade de composição com as outras siglas.

A negociação surgiu depois da formação de bloco independente na Casa. PSB, PDT, PMDB e PRB - que contam com cinco vereadores - chegaram a anunciar a criação de ala paralela nos debates para o comando do Legislativo. O PR, com quatro parlamentares, também não definiu posicionamento e tenta emplacar nomes para a mesa diretora no próximo governo.

A composição política de São Bernardo serviu de exemplo para o avanço das tratativas. Em seu primeiro mandato, o prefeito Luiz Marinho (PT) não conseguiu emplacar presidente do PT para gerenciar a Câmara. Nos dois primeiros anos, o Legislativo foi liderado por Otávio Manente (PPS, morto em 2011). Atualmente é Hiroyuki Minami (PSDB) quem administra a Casa. A despeito de não ter aliado direto na principal cadeira da Câmara, Marinho conseguiu emplacar seus principais projetos a partir de 2010, quando costurou maioria no Parlamento.

Além de garantir a eleição na Câmara sem depender de outros partidos, a manobra asseguraria acordo de cavalheiros no julgamento de contas rejeitadas da gestão de Reali e da futura administração Michels. O petista teve sua primeira contabilidade rejeitada pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado) e tem sofrido para ter votação suficiente dos vereadores para ser absolvido.

 

OPOSIÇÃO MANTIDA

O acordo, no entanto, não amenizaria a oposição petista à gestão Michels. Na terça-feira, na primeira reunião do diretório do PT após a derrota histórica na eleição majoritária, integrantes do petismo diademense já estruturavam planos de contestação ao governo do verde.

Alguns até têm criticado medidas administrativas de Michels, como a articulação para aumento no salário para secretários.

 

 




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