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Legislativo compra tablets e notebooks por R$ 68,7 mil
Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
19/11/2012 | 07:00
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A Câmara de Diadema comprou 19 notebooks e nove tablets para vereadores e diretores da Casa. Ao todo, o Legislativo diademense despendeu R$ 68,7 mil para adquirir os equipamentos, que também foram oferecidos aos vereadores de São Bernardo. Os parlamentares são-bernardenses, porém, ignoraram os aparelhos.

A administração de Laércio Soares (PCdoB) pegou os laptops da marca Dell e os tablets Samsung Galaxy. Os notebooks custam, em média, R$ 3.000 cada, enquanto os tablets valem R$ 1.300 a unidade. Todos vêm equipados com internet móvel.

Cada um dos 21 gabinetes de vereador para a próxima legislatura recebeu o equipamento. Os departamentos estruturais da Casa, como secretarias de Finanças e Administração, Jurídico e presidência também foram agraciados. Todos os aparelhos estão segurados e sob normas de utilização, assim como há com os celulares oferecidos.

"Os materiais de informática ficam obsoletos de um ano para outro. Precisávamos trocar", alegou Laércio, que disse que vai reaproveitar as máquinas atuais. "Os equipamentos não serão descartados. Os que estiverem em boas condições de uso serão alocados em outros departamentos, como a biblioteca pública que estamos terminando de construir", afirmou o comunista.

Na sessão de quarta-feira (antecipada pelo feriado da Proclamação da República), alguns vereadores diademenses tentaram utilizar os tablets, mas apresentaram pouca familiaridade com o computador portátil.

Em maio, o mandatário do Legislativo de São Bernardo, Hirouyki Minami (PSDB), comprou 26 tablets para os 21 vereadores e para mais cinco assessores técnicos da Casa. Cada aparelho custou R$ 1.174 aos cofres legislativos - ao todo, o valor chegou a R$ 30.524. Minami alegou que a medida foi adotada para reduzir o uso de papel. Ele disse que a Câmara são-bernardense produz 200 mil impressos por ano.

A polêmica em São Bernardo foi instalada dois dias depois de o tucano entregar os aparelhos aos parlamentares. A bancada petista na Casa devolveu as máquinas. Líder do PT no Legislativo, Matias Fiúza justificou que os tablets tinham pouca utilidade, além do alto risco de serem extraviados. "Pelo valor que foi pago, acredito que qualquer vereador poderia comprar se quisesse."

Na edição do dia 5 de novembro, o Diário mostrou que os vereadores sequer utilizavam o equipamento durante a sessão. O único vereador assíduo era Minami, idealizador da compra. Alguns parlamentares justificaram que o computador portátil estava em seus gabinetes, mas a maioria admitiu que não usavam o aparelho.




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