Economia Titulo Paralisação
Moveleiros entram
no sexto dia de greve

Cerca de 700 funcionários da Bartira, em São
Caetano, reivindicam mudança em relação à PLR

Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
08/11/2013 | 07:30
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Andréa Iseki/DGABC


Depois de cinco horas na frente da fábrica de móveis Bartira, em São Caetano, cerca de 700 funcionários da empresa decidiram, às 21h30 de ontem, manter a greve, que entrará no sexto dia hoje. Eles reivindicam mudança na metodologia da PLR (Participação nos Lucros e Resultados). Dez viaturas da Polícia Militar acompanharam o fim da mobilização. “Estamos apenas mantendo a ordem e a segurança”, disse o sargento Claudemir Orestes Garrido.

Atualmente, os cerca de 1.600 trabalhadores da empresa, cuja produção de móveis é exclusiva à Casas Bahia, recebem a PLR no valor de R$ 1.813 mais 44% do salário, dividido em duas parcelas. O Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores da Indústria da Construção e Mobiliário Solidariedade tentava chegar a acordo com a companhia para pagamento de mesmo valor a todos os empregados. Inicialmente, os trabalhadores pleiteavam R$ 9.000, valor negado pela fabricante de móveis.

Após três rodadas de tentativas de conciliação na Justiça do Trabalho da 2ª Região, entre empresa e sindicato, não houve acordo, e o caso foi encaminhado para julgamento. “Os trabalhadores continuam em greve. Mas, agora, teremos 24 horas para apresentar uma defesa (em relação à manutenção da greve)”, disse o presidente do sindicato, Edison Luiz Bernardes.

Ontem, às 14h, na última rodada de conciliação, a Justiça havia determinado que a greve terminasse. Os trabalhadores não aceitaram a decisão e, mesmo assim, continuaram a paralisação.

Estimativa do sindicato aponta para o corte de, aproximadamente, R$ 3 milhões por dia de produção devido à greve. Em seis dias, portanto, o montante alcança R$ 18 milhões.

Questionada, a Via Varejo, detentora da Bartira, respondeu, por nota, que a indústria está de acordo com a proposta apresentada ontem pelo Tribunal Regional do Trabalho para negociação da PLR ao Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores da Indústria da Construção e Mobiliário Solidariedade. “A proposta, porém, não foi aceita pelo sindicato, e o processo foi encaminhado para julgamento. A Bartira ressalta que continua aberta às negociações e, durante este período, a operação de abastecimento de lojas e entrega de mercadorias vem sendo realizada dentro dos prazos, sem prejuízos aos clientes das redes Casas Bahia e Pontofrio.”
 




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