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Trabalhador da Basf quer valor único para participação nos lucros
Por Isaías Dalle
Do Diário do Grande ABC
05/05/2005 | 13:01
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Valor único de bonificação para todos os funcionários. Essa é a principal reivindicação que os trabalhadores da Basf, por meio de diversos sindicatos, entre eles o dos Químicos do ABC, farão à empresa neste mês. Eles querem que a empresa acabe com os valores diferenciados pagos ao final do ano como participação nos lucros e resultados. Atualmente a Basf estabelece um percentual único, mas que é pago com base no salário de cada trabalhador. Assim, quem ganha mais tem um bônus maior.

Para os trabalhadores, essa forma de remuneração é injusta e apresentam na próxima sexta-feira proposta de pagamento das cotas do PPR (Programa de Participação nos Resultados) deixe de ser calculado sobre os salários e se transforme num valor igual para todos os cargos. Querem também que o programa de previdência complementar da empresa seja acessível a todos, e não apenas para quem ganha mais de R$ 3,5 mil, como é atualmente.

Desde quarta-feira até sexta-feira, sindicalistas e integrantes das comissões de fábrica da Basf brasileira realizam o Encontro Intersindical Nacional dos Trabalhadores da Basf, na unidade de São Bernardo. As principais reivindicações já eram consenso mesmo antes do início do encontro. As propostas serão entregues durante o último dia do evento, quando um representante da empresa participa de debate com os sindicatos.

Outra reivindicação é de que a Basf adote no Brasil o mesmo padrão de negociação com os trabalhadores que aplica na Alemanha, onde fica a matriz, e abra negociações com os sindicatos antes de iniciar processos de reformulação produtiva.

“A empresa anunciou com antecedência que irá demitir 2 mil trabalhadores na Alemanha no ano de 2007, e já está propondo um plano de demissão voluntária que valoriza quem quiser sair. Aqui, a empresa fecha fábricas e só nos comunica em cima da hora”, comenta Fábio Augusto Lins, diretor do Sindicato dos Químicos do ABC e coordenador da rede de trabalhadores da Basf na América do Sul, em referência à desativação de três unidades no Brasil nos últimos dois anos.



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