"Estes casos refletem uma deterioração ética que ameaça toda a sociedade", assinalam os bispos na nota "Pela Ética e a Dignidade na Política".
A CNBB afirma que "deixar de investigar as denúncias e elucidar os fatos favorece o descrédito das instituições e o desgaste da função política".
O presidente da CNBB, monsenhor Jayme Chemello, advertiu após a divulgação da nota que a corrupção pode provocar uma reação institucional, ao ponto de "fechar" o Congresso. "E ninguém vai reclamar".
A nota é divulgada um dia após a visita do advogado-geral da União, Gilmar Mendes, que foi a CNBB para tentar convencer os bispos de que a CPI não é necessária.
Segundo a nota, os bispos brasileiros estão acompanhando "estarrecidos" as denúncias de corrupção. "Aliada ao crescente empobrecimento do povo, esta situação corrói as bases da democracia, gera instabilidade política e aumenta a insegurança".
A CNBB não aceita os argumentos do governo de que a CPI colocaria em risco a economia brasileira. "Quando deixamos a corrupção caminhar, tudo é abalado".
Para Dom Chemello, a corrupção é "uma realidade endêmica" no país e é necessário que a Presidência da República, o Congresso e o Judiciário se unam para investigá-la.
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