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Mesma fórmula, bom para fãs
Por Ângela Corrêa
Do Diário do Grande ABC
28/05/2010 | 07:00
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Divulgação


Quando a continuação de "Sex and the City - O Filme" (2008), foi anunciada, o medo era de que o roteirista e diretor Michael Patrick King não conseguisse imprimir o mesmo ritmo. Afinal, todos os impasses de Carrie Bradshaw (Sarah Jessica Parker), Samantha Jones (Kim Cattrall), Charlotte York-Goldenblatt (Kristin Davis) e Miranda Hobbes (Cynthia Nixon) haviam sido resolvidos há dois anos. Porém, quando Liza Minelli surge nos dez primeiros minutos do filme, que estreia hoje também na região, fica a certeza: a diversão despretensiosa, um dos maiores trunfos da franquia, está a salvo.

A receita é repetida. Mas isso não é fator determinante para os fãs da história, que começou como série de TV em 1998 e durou seis temporadas. Por isso mesmo é pouco recomendada para quem não é iniciado no universo de belíssimos sapatos, figurinos inspirados e sacadas que muitas vezes só as mulheres têm: melhor antes passar os olhos por alguns episódios da série ou pelo menos no filme anterior.

A abertura é um casamento gay - em que outro cenário Liza Minelli fazendo uma versão de Single Ladies poderia soar tão natural? "É a física. Basta ter muita energia gay que Liza se manifesta", explica Miranda. Nas cenas da união dos melhores amigos de Carrie e Charlotte estão possivelmente as melhores piadas protagonizadas pelo quarteto. Nem Jude Law escapa.

As quatro vivem alguns probleminhas que revelam bastante seus momentos, completamente distintos. Samantha, com certeza a mais divertida, continua não só escrava da luxúria como também da reposição hormonal. Miranda está no topo da carreira do escritório de advocacia da qual é sócia, mas não consegue ser respeitada pelo novo chefe. Charlotte finalmente tem a família perfeita, mas está frustrada porque não consegue dominar as manhas da caçula e fica dependente das qualidades da estonteante babá. A protagonista, Carrie, começa a experimentar os primeiros momentos de rotina em seu casamento com Mr. Big (Chris Noth), que desta vez parece estar comportado (é bom não se esquecer que ele já aprontou das boas).

Se no primeiro filme elas têm direito a um refúgio no litoral mexicano, desta vez partem para Abu Dhabi, nos Emirados Árabes. Enquanto Samantha explora a ‘fauna' masculina local e Charlotte e Miranda tentam se esquecer das responsabilidades de mães e donas de casa, Carrie reencontra Aidan Shaw (John Corbett), único ex-namorado capaz de realmente ameaçar o posto de Big durante a série.

As paisagens ora desérticas ora nababescas - são pano de fundo para que todas desfilem modelitos cada vez mais loucos, criados por Patricia Field. As diferenças culturais rendem os momentos mais clichês, com mulheres de burka admirando as roupas da protagonista e Samantha sendo perseguida por sua voracidade.

Os produtores - Sarah Jessica Parker entre eles - ainda não confirmam um terceiro filme, apesar da boataria. Se as bilheterias do segundo forem satisfatórias, é bem possível. Prova dos nove para a criatividade de King e o brilho das protagonistas.




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