Política Titulo Diadema
Pretinho afaga Lauro e minimiza derrota nas urnas

Prefeiturável governista ficou em 4º, fora do segundo turno, mas rejeita caça às bruxas

Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
22/11/2020 | 00:01
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Denis Maciel/DGABC


Quarto colocado na corrida pela Prefeitura de Diadema, Pretinho do Água Santa (DEM) minimizou a derrota nas urnas e evitou apontar culpados pelo desempenho, que deixou o prefeiturável governista fora do segundo turno pela primeira vez em 20 anos. O democrata rejeitou atribuir o revés à rejeição do governo do prefeito Lauro Michels (PV).

Indicado pelo verde, Pretinho recebeu 20.524 votos no primeiro turno (10,11%), patamar distante do segundo colocado Taka Yamauchi (PSD) – obteve 31.301 (15,42%), que enfrentará o ex-prefeito José de Filippi Júnior (PT) no confronto final – o petista ficou com 92.670 votos (45,65%).

“Lógico que queríamos ir também para a briga no segundo turno, mas ficou legado bacana. Vejo com bons olhos nosso crescimento, fizemos dois vereadores (o DEM elegeu Lucas Almeida, sobrinho de Pretinho, e Robson Nascimento, o Boy)”, avaliou Pretinho, que voltou a afagar o governo Lauro. “Acho que para nós foi um aprendizado. Esse governo tem os méritos dele, como nós também temos. Não vejo motivo que ficar arrumando culpado. Somos igual equipe de futebol: quando um ganha, ganham todos e quando perde, todos perdem.”

Vereador em primeiro mandato, Pretinho foi à sua primeira corrida ao Paço. Somado a isso, o democrata teve de driblar a alta rejeição do governo que defendeu nas ruas. Pesquisa Diário/Ibope divulgada no mês passado mostrou que 75% dos eleitores desaprovam a gestão Lauro. Durante a campanha, o parlamentar mesclou o discurso de mudança com o de continuidade.

Pretinho também colocou panos quentes na ampla margem de diferença entre os votos que recebeu e a soma do desempenho de todos os candidatos a vereador da coligação governista (79.305 sufrágios), fato que foi encarado internamente como prova de traição. “Sou grato aos mais de 20 mil votos, sei que podíamos ter chegado mais longe, mas infelizmente a política é isso, uma caixinha de surpresa. Você nunca vai ter aliados (apoiando) 100%, infelizmente faz parte. Às vezes, alguns se deixam levar no meio do caminho, não se dedicam, não fazem a lição de casa.” 




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