``Pedimos aos russos que se unam à opiniao segundo a qual o único caminho para sair da crise é encontrar uma soluçao', disse Fischer durante uma coletiva de imprensa, ao final de uma reuniao em Berlim dos chefes da diplomacia do G-8.

``Apoiamos o papel da OSCE (Organizaçao para a Segurança e Cooperaçao na Europa) e a busca de uma soluçao pacífica que leve em conta os interesses dos países vizinhos'.

Fischer denunciou em nome das grandes potências ``o emprego desproporcional da força, pois é contrário aos fundamentos do direito internacional', como é o caso do ataque do exército russo contra os rebeldes independentistas.

O G-8 reúne as sete potências industriais (Estados Unidos, Japao, Alemanha, França, Gra-Bretanha, Itália, Canadá) e a Rússia.

A secretária de Estado norte-americano, Madeleine Albright, juntou-se aos participantes do Grupo dos Oito, nesta sexta-feira. Os colegas de outras potências ocidentais e o chanceler russo iniciaram as discussoes durante um banquete, oferecido na noite passada.

Albright teve uma conversa, em separado, com o ministro de Relaçoes Exteriores da Rússia, Igor Ivanov, depois de reunir-se com o presidente de Montenegro, o chanceler da Croácia e personalidades da oposiçao sérvia.

Em uma aparente resposta às fortes críticas que recebeu por sua ofensiva na Chechênia, a Rússia aceitou durante as reunioes de quinta-feira, permitir que o líder de um grupo acompanhe as conversaçoes que estao sendo oferecidas para mediar a guerra. A informaçao partiu de uma fonte diplomática, que pediu anonimato.

Esse líder seria Knut Vollebaek, presidente da Organizaçao para a Segurança e Cooperaçao na Europa. Porém, nao há sinalizaçoes de que a Rússia aceitará, finalmente, uma mediaçao estrangeira para resolver a crise.