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Diário dobra número de leitores no on-line

Jornal disponibiliza 100% do conteúdo grátis com notícias atualizadas sobre o novo coronavírus

Nilton Valentim
Do Diário do Grande ABC
02/04/2020 | 23:14
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Claudinei Plaza/DGABC


A cobertura especial que o Diário faz sobre a disseminação do novo coronavírus e a decisão de disponibilizar todo o conteúdo on-line gratuitamente dobraram a audiência do jornal na internet. O número de usuários do site www.dgabc.com.br na última quinzena de março, quando as novidades vigoravam, cresceu 101,28% em relação aos 15 dias anteriores, época em que acesso era restrito aos assinantes, segundo dados do Google Analytics.

“A imediata resposta de nossos leitores à decisão de concentrarmos o trabalho de nossa equipe na atualização dos impactos causados pela disseminação do novo coronavírus no Grande ABC, sem nos esquecermos do que ocorre no Brasil e no mundo, mostra que o jornalismo de qualidade e responsável ainda é muito procurado, especialmente nos momentos de crise”, diz o diretor de Redação, Evaldo Novelini.

O jornal abriu 100% de seu conteúdo digital em 18 de março. Na quinzena que se seguiu à decisão, de acordo com o Google Analytics, ferramenta que mede o tráfego de usuários nos sites, a versão on-line do Diário atingiu a marca de 1.584.899 visualizações de páginas, aumento de 73,96% em relação à quinzena anterior, de 911.046. No mesmo período, o número de leitores saltou de 230.577 para 464.116, crescimento de 101,28%. Já o de novos leitores passou de 177.023 a 357.395, expansão de 101,84%.

NOTÍCIAS BOAS
A abertura de todo o conteúdo digital também aumentou o engajamento dos leitores nas redes sociais. O jornal possui 214.659 fãs no Facebook e 44,3 mil seguidores no Instagram. Repórteres e fotógrafos atualizam as redes durante 24 horas. Nas primeiras horas do dia, a capa da edição impressa é disponibilizada nas ferramentas virtuais.

Os mecanismos de compartilhamento de notícias via redes sociais demonstraram que, ao contrário do que diz o senso comum, os leitores preferem informações positivas. Reportagens que relatam solidariedade de cidadãos comuns em meio à disseminação do micro-organismo são as que mais viralizam.

Um exemplo foi a reportagem sobre a fama repentina obtida pelo vendedor de balas em Santo André Prescílio Nunes, 77 anos, que recebeu R$ 200 de um empresário para que ficasse em casa no auge da disseminação do novo coronavírus. No Facebook, a publicação da notícia alcançou 162.726 pessoas.

Jornalismo é fonte confiável contra ‘fake news’

Cem por cento do conteúdo digital produzido pelo Diário estão disponíveis gratuitamente aos leitores – e vai continuar assim até que o novo coronavírus for o assunto principal dos moradores do Grande ABC. Desde 16 de março, o jornal não cobra para dar acesso a notícias sobre os impactos da disseminação do micro-organismo, mas dois dias depois, em 18 de março, ampliou a medida para todas as editorias. A direção tomou a decisão por acreditar que informação de qualidade, em tempos de fake news, ajuda a salvar vidas.

“Enquanto o coronavírus for ameaça à saúde pública, o jornal vai disponibilizar gratuitamente todo o seu conteúdo, inclusive aqueles que nada têm a ver com a pandemia”, diz o diretor de Redação, Evaldo Novelini. “Informação é necessidade básica e não vamos nos furtar de fazer a nossa parte”, completa.

A decisão do jornal de abrir o conteúdo, primeiro as notícias relacionadas ao coronavírus e desde o dia 18 para 100% das informações, é sustentada por estatísticas do Ministério da Saúde, que tem se preocupado com a quantidade de desinformação sobre a doença causada pelo micro-organismo em circulação nos meios de comunicação digitais. Estudo realizado pelo órgão analisou 8.000 mensagens sobre a Covid-19 distribuídas nas redes sociais e detectou que 85% delas eram fake news.

Pesquisa recente, divulgada pelo Instituto Datafolha em 28 de março, demonstrou que informações produzidas por empresas de comunicação tradicionais – como o Diário, que em 11 de maio comemora 62 anos de existência – são as fontes mais confiáveis para os brasileiros. O levantamento, que ouviu 1.558 pessoas e tem margem de erro de três pontos percentuais, para mais ou para menos, apontou os jornais impressos com 56% de credibilidade – o meio só perde para os programas jornalísticos da TV, que obtiveram índice de 61%.

Por outro lado, a pesquisa Datafolha apontou que as redes sociais têm menor credibilidade. Em alguns casos, mais da metade dos usuários desconfiam das informações que recebem. O índice de leitores dessas plataformas que dizem não confiar nas informações que acessam chega a 58% no caso do WhatsApp e 50% no do Facebook. 




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