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Morre Philippe Noiret, ator de ‘Cinema Paradiso’
Por Alessandro Soares
Do Diário do Grande ABC
24/11/2006 | 00:40
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Alfredo ensinou Totó a amar filmes em Cinema Paradiso, película que fez muita gente, marmanjos inclusive, rir e verter lágrimas. Hoje, o choro é para Philippe Noiret, ator francês que deu sotaque italiano ao projecionista Alfredo. Ele morreu nesta quinta-feira, aos 76 anos, de câncer. Era casado desde 1962 com a comediante Monique Chaumette, 79 anos.

Noiret transitava bem entre dramas e comédias. Foram suas atuações em Cinema Paradiso (1988), Oscar de filme estrangeiro, e em O Carteiro e o Poeta (1994), no papel do poeta chileno Pablo Neruda no exílio italiano, filme indicado ao Oscar principal, que lhe deram notoriedade internacional. Mas nenhum Oscar.

Nascido em Lille, Noiret fez carreira no cinema desde 1956. No teatro, trabalhou em vários papéis até entrar para a trupe Teatro Nacional Popular, onde ficou de 1953 a 1960. Participou des papéis secundários e protagonizou Alexandre, o Felizardo (1967), de Yves Robert. Viveu quase exclusivamente do cinema, tendo atuado em 125 produções.

Ganhou dois César de melhor ator, o principal prêmio do cinema francês, por O Velho Fuzil (1975), de Robert Enrico, e A Vida e Nada Mais (1988), de Bertrand Tavernier. Este, o diretor que o escalou mais vezes, como em A Filha de D’Artagnan (1994), Por Volta da Meia-noite (1985) e Um Olhar para a Vida (1981).

Noiret atuou com as estrelas francesas Catherine Deneuve, Romy Schneider e Simone Signoret, e nas comédias italianas de Mario Monicelli, Tomara que Seja Mulher (1986), Quinteto Irreverente (1982) e Meus Caros Amigos (1975). De Alfred Hitchock fez, Topázio (1967).

Em A Comilança (1973), de Marco Ferreri, teve atuação memorável, ao lado de Ugo Tognazzi, Marcello Mastroianni e Michel Piccoli. Dramático e com humor negro, pode-se dizer que é seu papel-síntese.




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