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EUA aguardam novo encontro com tripulação de avião
Das Agências
07/04/2001 | 14:06
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Diplomatas dos americanos esperavam, durante a tarde deste sábado, na China, por um terceiro encontro com os 24 membros da tripulação de seu avião espião, retidos há quase uma semana. Ao mesmo tempo, o vice-primeiro-ministro chinês Qian Qichen exigia novamente desculpas formais de Washington.

Um porta-voz da delegação americana em Haiku, Mark Canning, declarou que as autoridades chinesas comunicaram que irão entrar em contato para comunicar sobre um terceiro encontro, mas até as 15h de sábado (04h de Brasília), em Pequim, tal comunicação não havia sido feita.

Por sua parte, o vice-primeiro-ministro Qian Qichen ergueu o tom de voz este sábado, classificando de "inaceitável" a reação americana depois do choque entre o avião espião americano e o caça chinês, e exigiu de novo desculpas formais por parte de Washington.

"A declaração até agora por parte dos Estados Unidos sobre este incidente é inaceitável para a China, e o povo chinês a acha insatisfatória", indicou Qian, em carta enviada ao departamento de Estado americano.

A carta de Qian, que efetua atualmente uma viagem pela América Latina junto com o presidente, Jiang Zemin, foi transmitida ao secretário de Estado adjunto Richard Armitage por intermédio de Yang Jiechi, embaixador da China em Washington.

Qian também pediu que Washington dê explicações ao povo chinês e inicie consultas bilaterais para "evitar que se repitam no futuro incidentes deste tipo".

Carta — Os Estados Unidos preparam rascunhos de uma carta que será enviada de Washington a Pequim expressando "pesar" pelo choque entre os aviões. A informação é da edição deste sábado do jornal New York Times.

De acordo com o jornal, com esta carta terá início uma investigação por parte das forças armadas chinesa e americana. Além disso, a carta também informará de que maneira se procederá para a liberação dos 24 tripulantes do avião espião americano que se viu obrigado a aterrissar na ilha de Hainan depois de chocar com um caça chinês em pleno vôo.

A carta será assinada, segundo o jornal, por Joseph Prueher, atual embaixador dos Estados Unidos em Pequim, e não pelo presidente de George W. Bush, acrescenta o Times.




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