A pesquisa, coordenada no Brasil por José Antonio F. Ramires, cardiologista do Instituto do Coraçao (Incor), em Sao Paulo, avaliou 1.663 pacientes de 15 países. No Brasil, 372 doentes foram acompanhados por 34 médicos de vários Estados. Segundo Ramires, o estudo constatou que a espironolactona, produzida comercialmente pelo Laboratório Searle, com a marca Aldactone, reduziu o risco da progressao da insuficiência cardíaca em 34%.
Quando um paciente tem insuficiência cardíaca, o corpo tenta compensar a falta de força com que o coraçao bombeia o sangue. Para isso, produz aldosterona, que retém água no corpo, o que ajuda o bombeamento, mas provoca fibrose no coraçao, piorando o quadro do paciente. A fibrose é um processo de cicatrizaçao que, quando ocorre em excesso, como no caso da insuficiência cardíaca, passa a ser agressivo ao corpo.
O Aldactone bloqueia os receptores de aldosterona nas células, impedindo, assim, que a substância atue no corpo. "Esse remédio abre espaço para uma nova classe de remédios que nao se conhecia antes do Aldactone e que poderá ajudar muito os pacientes cardíacos", disse Ramires.
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