A maioria dos filiados ao PSDB paulista defendeu ontem, em reunião no diretório estadual, o desembarque do partido do governo do presidente da República, Michel Temer (PMDB). Tucanos se reuniram ontem, na sede da legenda em São Paulo.

Diversas lideranças tucanas condenaram a continuidade da aliança da legenda com a administração do peemedebista depois que estourou a delação premiada feita por Joesley Batista, um dos donos da JBS. Apesar disso, o prefeito da Capital, João Doria, sinalizou pela manutenção da parceria em âmbito federal.

O grupo denominado de cabeças pretas – lideranças jovens do tucanato – foi quase que unânime em dizer que o PSDB precisa romper relações com Temer. Mas fala que não necessariamente haverá apoio às reformas que o governo pretende implementar.

O prefeito de São Bernardo, Orlando Morando, classificou o encontro de Temer com o empresário Joesley Batista como um encontro “de um religioso com uma prostituta”. “Hoje o PSDB é o grande avalista deste governo. Não dá para ser fiador desta gestão.”

Agora, presidentes estaduais do PSDB se reunirão na quinta-feira para decidir se a legenda continua com seus cargos no governo de Michel Temer.