"É realmente uma vitória histórica para nossos dois partidos" da coalizão liberal-nacional no poder, disse o chefe de governo num hotel da capital, onde estavam reunidos seus partidários.
"Somos privilegiados por podermos participar de um grande exercício da democracia", disse.
O líder do Partido Trabalhista não esperou os resultados oficiais para reconhecer sua derrota. "Momentos atrás, falei com Howard e o cumprimentei", disse diante de 800 pessoas reunidas em sua circunscrição, situada nos arredores de Sydney.
O líder da oposição prometeu que continuará sua luta. "Muita gente disse que reforcei a oposição e quando a oposição é forte, a democracia australiana é muito mais sólida. Vamos continuar fazendo isto na próxima legislatura. Faremos com que o governo seja responsável por seus atos", advertiu.
Segundo estimativas da rede de televisão pública ABC, a coalizão conservadora obteve 87 das 150 cadeiras da Câmara de Representantes, ou seja, cinco a mais das que ocupava na Câmara Baixa.
Se esta vitória for confirmada, Howard se tornaria o primeiro-ministro australiano mais longevo no poder, depois de Robert Menzies (de 1949 a 1966).
Este resultado representaria um alívio para o presidente americano, George W. Bush, que afirmou que seria um desastre se a Austrália retirasse suas tropas do Iraque, como prometeu a oposição.
A Austrália tem atualmente 920 homens dentro e ao redor do Iraque.
O premiê conseguiu relegar a segundo plano o tema de sua participação na guerra do Iraque, concentrando-se no balanço econômico favorável de seu governo e em sua experiência política.
Por outro lado, ameaçou com uma possível alta das taxas de juros, caso os trabalhistas vencessem.
Além disso, os australianos confiam mais em Howard para combater a ameaça terrorista, depois do atentado contra a embaixada da Austrália em Jacarta, no qual morreram nove pessoas em 9 de setembro passado.
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