Depois de uma semana sem água, o abastecimento será normalizado hoje em todos os bairros de Mauá. A garantia foi dada pela Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá). A água começou a voltar na manhã de ontem e levaria em média 24 horas para abastecer os pontos mais altos.

Neste período de torneiras secas, 43 caminhões-pipa circularam pela cidade para atender os bairros mais afetados, sendo cinco da Sama e os demais alugados ou emprestados por outros municípios.

Ontem, bairros mais baixos, como os próximos do Centro, já contavam com água. Na Chácara Maria Aparecida, a auxiliar de produção Maria do Carmo Ribeiro, 37 anos, comemora a caixa d'água cheia. "Agora consigo cozinhar e tomar banho no chuveiro." Até ontem, era preciso percorrer cerca de um quilômetro na caminhada para encher vasilhas na bica. "Enfrentava filas e depois tinha de caminhar com os baldes pesados", lembra.

A adutora do bairro Capiburgo, que abastece os reservatórios Zaíra e Magini, rompeu em dois pontos durante a madrugada do dia 8, mas só foi consertada anteontem, depois de aproximadamente 150 horas de trabalhos.

De acordo com a Sama, o problema foi resolvido, porém será necessário estabilizar o solo da área. Por isso, durante os próximos dias, as equipes da empresa continuarão no local, a fim de monitorar a rede e as demais ligações.

Para quem mora na parte alta da cidade, a alternativa é aguardar o caminhão-pipa. No Jardim Zaíra 4, basta que ele encoste para que a população saia de casa munida de baldes, bacias, garrafas e vasilhas. "A gente está sendo obrigado a comprar água para beber porque demora até que o caminhão-pipa volte", observa a dona de casa Neide Pereira, 37.

No Jardim Miranda D'aviz, a dona de casa Luzia Lucia Osório, 46, armazenou água da chuva - que já está acabando - e foi buscar na casa da irmã, no Jardim Itapark.