O presidente nacional do PSDC, José Maria Eymael, deu aval ontem em evento realizado na sede do partido em Santo André a apoio à pré-candidatura ao Paço do ex-prefeito Aidan Ravin (PSB) na eleição de outubro, confirmando compromisso firmado em março junto à cúpula municipal. A adesão era dada como certa, nos bastidores, devido ao fato de a executiva local hoje estar nas mãos de antigos aliados do socialista. Com o anúncio, a sigla reforçou indicação do nome da médica Ana Glória Silva (PSDC) para compor a chapa majoritária. A atividade contou com cerca de 60 pessoas, entre elas os vereadores Almir Cicote (PSB) e Toninho de Jesus (PMN).

Eymael alegou que a decisão se deve “a história, personalidade e compromisso” de Aidan. “Essa aliança vai fortalecer a legenda na cidade. Com esta proposta teremos condições de fazer representantes na Câmara”, sustentou o dirigente, famoso pelo jingle de campanha eleitoral – projeção são duas cadeiras. “Outra aspiração do partido é formar a dobrada, mas naturalmente o ex-prefeito não pode sacramentar isso neste momento”, disse, ao antecipar que pretende participar de caminhadas e atos em Santo André durante o período oficial da disputa pela Prefeitura, a partir da segunda quinzena de agosto. O PSDC aderiu à empreitada de Raimundo Salles (PPS) no pleito de 2012.

Aidan trabalha com a ideia de obter suporte de seis siglas no arco de alianças, incluindo, além do próprio PSB, o PSDC, PMN, PRP, PEN e PP. As duas últimas agremiações, no entanto, ainda não oficializaram o elo eleitoral, embora têm conversas bastante adiantadas. “Estamos em diálogo para ampliar a coligação”, ponderou. Sobre o posto de número dois, o socialista afirmou que o “grupo ainda está aberto” e “não pode bater martelo sem antes esgotar todas as alternativas”. “O vice será definido, provavelmente, no fim de julho ou começo de agosto, perto das convenções partidárias”. O parlamentar Sargento Juliano (PSB) também é cotado ao cargo.

O desfecho da escolha do quadro de vice deve ficar a cargo do vice-governador de São Paulo e comandante paulista do PSB, Márcio França. Ex-secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico no governo Aidan, o presidente local do PSDC, José Antônio Acemel, o Espanhol, minimizou a concorrência interna pela indicação ao falar que existe grande chance de o debate “não ficar apenas no âmbito municipal”. “A discussão, obviamente, passa também por outras instâncias, tanto estadual quanto nacional, principalmente nesta ocasião de mudanças políticas no País”, disse, referindo-se ao possível afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT).

A ala ligada a Aidan mantém tratativas com outros pré-candidatos a prefeito na tentativa de demover algum nome e agregar força ao plano de retornar à Prefeitura após quatro anos.