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Amigo mais do que especial
Por Caroline Ropero
Do Diário do Grande ABC
16/10/2011 | 07:00
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Já imaginou se seu melhor amigo fosse um golfinho? Pode parecer estranho, mas este é o caso de Sawer em Winter, o Golfinho, em cartaz nos cinemas. Ao se machucar em uma armadilha para caranguejos, o animal precisou ter a cauda amputada. Recebeu ajuda de especialistas de um hospital marinho dos Estados Unidos e do companheiro Sawyer para se adaptar à protese. A emocionante história não é ficção, aconteceu de fato.

Assim como Winter, há muitos animais que se machucam gravemente ou nascem com alguma deficiência física. Não é por isso que são infelizes ou precisam ser sacrificados. Hoje faz-se de tudo para recuperá-los. Prova disso é Bricht, vira-lata que adora brincar com os primos Gustavo, 3 anos, e Guilherme Miranda, 5. Apesar de só ter três patas, não para quieta e corre para todo lado com os meninos, provocando os demais cães que vivem na mesma casa.

Bricht foi adotada por Sandro Sabbauskas no Centro de Zoonoses de Santo André. Chegou lá após ser encontrada na rua com a pata gravemente ferida, o que exigiu amputação. Acredita-se que foi atropelada, assim como Jully, cadela localizada na mesma situação, só que com as patas traseiras paralisadas. Por sorte, foi adotada por Ana Paula Castanho, de Santo André, e ganhou uma cadeira de rodas (parecida com carriola), que lhe permite correr pelo quintal.

Jully não pode ficar o tempo todo com o equipamento, pois o peso se concentra nas patas da frente. Ao ficar muito cansada, precisa sentar e deitar; por isso, a dona coloca as rodinhas só algumas vezes por dia, além de trocar com frequência a fralda. Isso mesmo: Jully não consegue controlar o xixi e o cocô e precisa ser cuidada como bebê. Mas nada disso a impede de se relacionar com todos: late, brinca e briga. É ótima companhia. Dos 16 cães que vivem na casa de Ana, é o mais carinhoso. "O amor que ela demonstra cativa qualquer um", diz a dona.

Saiba mais

Grande parte dos animais com deficiência física ficou assim por sofrer maus tratos, como Bóris, gatinho de Maria Lúcia Franco. Como vivia na rua, alguém pisou sobre ele, fraturando sua coluna. Por causa disso, perdeu o movimento das patas traseiras. A sorte é que encontrou uma dona amorosa, que cuida dele. Ganhou um cadeira de rodas, como Jully, mas não se adaptou. Casos como esses são comuns e muitos morrem por causa da maldade humana.




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