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Expedito Soares vê erro do PT em aliança com Maluf, Collor e Sarney

Para 1º deputado da legenda em S.Bernardo, apoio de ex-rivais ‘constrange’

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
22/11/2015 | 07:00
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Primeiro deputado estadual eleito pelo PT de São Bernardo, em 1982, Expedito Soares Batista mantém defesa ao petismo, mas reconhece que postura adotada pelo amigo e ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afastou o partido de ideais que levantava no passado. Ele critica principalmente a política de ampla coalizão adotada por Lula quando chegou ao poder, em 2002.

“Quando liguei a televisão e vi o Lula ao lado do (Paulo) Maluf (PP, deputado federal) para fortalecer a campanha do (Fernando) Haddad (PT, prefeito de São Paulo) me senti constrangido. Assim como fiquei muito triste ao ver o Lula ao lado do (José) Sarney (PMDB, ex-senador) e do (Fernando) Collor (PTB, ex-presidente da República e atual senador por Alagoas). É deprimente”, questiona o petista.

Expedito ficou como deputado estadual até 1991, quando decidiu se aposentar da política e traçar carreira de advogado. Porém, garante que se manteve militante, pedindo votos a candidatos petistas. Em 2012, esteve atuante na campanha que reelegeu Luiz Marinho (PT) como prefeito de São Bernardo. Depois, ficou como servidor comissionado na Secretaria de Serviços Urbanos.

Mesmo fora da política, Expedito faz análise cética do governo de Dilma Rousseff (PT), dizendo que a coalizão prejudica seu mandato. “O Lula botou a cara para elegê-la. Para a sociedade, é um governo do PT, mas na prática não. É um governo que vai desde banqueiros até mequetrefes do Congresso Nacional. A Dilma tinha de ter governo mais de centro-esquerda, compor com esse pessoal, sob pena de ter dificuldade de governar e até sofrer impeachment. Às vezes é melhor perder o poder do que governar com bandidos.”

A despeito das críticas, o ex-deputado estadual ainda acredita que o PT é o melhor partido em existência no País. “Há gente ruim e boas em todos os partidos. No PT há pessoas fantásticas, mas outras que cometeram deslizes e estão pagando por isso. Por que a PF (Polícia Federal) só investiga petistas?”, indaga. “Programa do PT é bom, seu estatuto é bom. Há dirigentes extraordinários. Mas tem um ou outro ruim mesmo.”




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