Política Titulo SÃO BERNARDO
Presidente eleito do Sindserv, Marcelo Siqueira quer romper vínculo da entidade com a CUT

Vencedor pela oposição diz que filiação prejudica interesses da categoria

Por Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
29/09/2015 | 07:00
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Eleito presidente do Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos) de São Bernardo no sábado, Marcelo Gonçalves Siqueira, servidor da Educação, estabeleceu como uma de suas metas desfiliar a entidade com a CUT (Central Única dos Trabalhadores), cujo elo é histórico no município.

Aos 38 anos, novo dirigente da entidade assumirá a partir de 1º de dezembro mandato de quatro anos. É pedagogo e funcionário concursado em São Bernardo há 16 anos. Atualmente exerce cargo de diretor da Emeb Fernando Pessoa, no Jardim das Orquídeas.

Siqueira descreveu que a proximidade da CUT com o governo do prefeito Luiz Marinho (PT) impede discussão mais ampla em torno do interesse do funcionalismo. “É uma proposta que defendo, porque a CUT está muita próxima do governo. Não quero fechar laço com central sindical. E isso também somente ocorrerá se for consenso da maioria dos associados”, prospectou.

Após vencer o pleito sindical por apenas 51 votos de diferença, o presidente eleito afirmou que buscará mudar o sistema estrutural do Sindserv. Tecendo críticas ao atual mandatário, Giovani Chagas, que tentava reeleição, Siqueira promete enaltecer funcionalismo e entidade. “O que acompanhamos nos últimos anos foi uma promoção individual dos presidentes. A instituição precisa ser maior. Quero reverter essa lógica e democratizar, de fato, o sindicato. Vamos procurar deixar horizontal nossa direção, para que os funcionários tenham voz ativa”, acrescentou

O novo dirigente referiu-se ao fato de o grupo de Chagas estar na direção da entidade há oito anos. O atual presidente comandava o sindicato desde 2011, quando assumiu no lugar de Carlos Roberto Silva, o Ketu.

Siqueira foi incisivo no ataque à atual direção do Sindserv, salientando falhas e atitudes escusas durante o período de greve da categoria. Em maio, funcionalismo cruzou os braços por 22 dias, diante de impasse na negociação do reajuste salarial.

“O Chagas acabou formalizando a proposta de greve, mas só após forte pressão do sindicato. Queríamos o enfrentamento com o Marinho para expor sua postura autoritária e arrogante. No entanto, ficou visível em alguns momentos a direção preservando o prefeito”, considerou.

Depois de deixar o PCdoB, em 1999, Siqueira revelou não estar filiado a nenhum partido político. Para o ano que vem, entretanto, promete permitir debate da categoria com os candidatos ao Paço. “Nosso mandato praticamente começará em ano de eleição. Então, nada mais democrático do que abrir as portas para o debate com os candidatos e ver quais propostas efetivas para a classe”, comentou. 




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