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Moradores reclamam de rua sem registro

Conjunto Habitacional Jd.Colina está sem CEP e sinalização há mais de um ano

Por Yago Delbuoni
Especial para o Diário
07/09/2015 | 07:00
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Claudinei Plaza/DGABC


Se alguém perguntar aos moradores da Rua dos Cristais, em São Bernardo, qual é o CEP ou bairro em que vivem, a resposta vai ser ‘não sei’. Isso porque a rua foi aberta para circulação no início de 2014, mas segue sem registro e sinalização.

O síndico do Conjunto Habitacional Jardim Colina e morador do bloco 1, Júlio Cezar Sotto Mayor, 47 anos, disse que em junho do ano passado, a Secretaria de Habitação recebeu um comunicado dos Correios informando sobre o CEP. “O comunicado dizia que até agosto de 2014 a rua seria regularizada com as placas e o número do CEP, mas estamos esperando até agora e nada.”

Mayor disse que não consegue receber cartas ou encomendas. “Preciso pedir para a minha sogra. A caixa de correio que temos nos blocos virou enfeite. Só as cobranças de luz e água que recebemos porque eles conferem o relógio nos próprios blocos”, falou.

O síndico afirmou que para chegar à rua, é necessário dar como referências pontos conhecidos da região. “Costumo avisar o número da Rua dos Vianas (altura do 3.000) e também que o local fica ao lado do cemitério (Jardim da Colina).”

O promotor de vendas Washington Pereira de Araújo falou que a falta de CEP atrapalha o cotidiano. “Não é possível receber cartas. É necessário pedir para quem mandou, rastrear a fim de que possamos buscar. Dependo do meu pai, morador do Jardim Palermo, que fica a uns dez minutos de casa.”

Araújo contou que foi obrigado a ir aos Correios da Avenida Faria Lima para buscar o contrato do convênio dentário. “Fica há 40 minutos de casa. Era o último dia para retirar o contrato. Se não fosse, perderia o convênio dentário. Só fui porque fui avisado pelo WhatsApp”, disse,

A rua fica perto de cinco bairros: Jardim Petrônio, Baeta Neves, Jardim Industrial, Parque São Bernardo e Novo Parque. Mas os moradores não sabem exatamente em qual deles estão localizados. “Até nas cobranças que recebemos não há qualquer indicação de bairro,”

A costureira Conceição Teixeira dos Santos, 62, disse que se sente mal com a situação. “Era para ser resolvida, no máximo, em agosto de 2014. Parece que a gente não existe. Nos jogaram aqui e disseram: ‘Se vira’. É muito ruim.”

A diarista Rodislaine Silva Abreu, 25, contou que até a filha pequena foi prejudicada pela situação. “Ela tem 2 anos e 6 meses e iria receber um presente da minha mãe, que mora em Teófilo Otoni (Minas Gerais). Até agora não chegou.”

Procurados, Prefeitura e Correios não se manifestaram sobre o problema até o fechamento desta edição. 




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