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Alunos protestam contra falta de segurança na Uniabc
THAIS GONZAGA
Do Diário OnLine
02/03/2000 | 00:10
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Os alunos da UniABC, em Santo André, fizeram nesta quarta-feira à noite um protesto contra a falta de segurança nas novas instalaçoes da universidade, inauguradas a menos de um mês. Segundo os alunos, roubos de carros, assaltos e, principalmente, a abordagem dos travestis que fazem ponto na regiao sao constantes.

"Duas meninas foram agredidas com um canivete por travestis, quando esperavam o ônibus para voltar para casa; algumas meninas já encontraram com prostitutas e travestis no banheiro da faculdade. Aqui entra quem quer", disse a estudante do 3º semestre de Turismo Daniela Carreira.

Ronaldo Stirbola, aluno do 2º semestre de Ciências da Computaçao, disse que os travestis estao sempre nas proximidades da universidade. "No primeiro dia de aula, estava pintando as meninas e quase pintei um travesti".

Além dos travestis, os alunos também reclamam dos roubos de carros, mais de 70, segundo eles, desde o início das aulas, e da insegurança das pessoas que têm que pegar ônibus para voltar para casa. "A gente nao quer esperar para ver acontecer o pior, queremos segurança", disse a aluna Daniela Carreira.

A vice-reitora acadêmica da UniABC, Vera Lúcia Maluly, disse que todas as providências para garantir a segurança dos alunos estao sendo tomadas. "Nós temos 70 seguranças contratados pela universidade e estamos terceirizando o serviço. Mas só podemos garantir a segurança da porta para dentro".

Vera disse que desconhece que travestis estejam entrando nos prédios. "Se isso aconteceu, o aluno deveria ter informado o fato para um dos nossos funcionários. A vice-reitora disse que até agora só chegou ao seu conhecimento um caso de violência: uma menina que foi abordada no estacionamento da universidade por um ladrao.

"Eu saio daqui bem depois dos alunos e nao tenho visto nenhum travesti por perto. Eles ficam mais para cima da avenida Industrial", disse Vera. O diretor do Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas, Antônio Carlos Pires, disse que também nao tem tido problemas. "Saio sempre depois das 11h e nunca fui abordado por ninguém".

A vice-reitora garante que os problemas de segurança interna da universidade serao solucionados em poucos dias, com a finalizaçao dos muros do prédios. "Estamos sempre em contato com a prefeitura e a Polícia Militar, porque a segurança externa nao é de nossa responsabilidade".




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