Bancários de todo o País realizam assembleias hoje para avaliar as propostas dos bancos privados e oficiais que oferecem reajuste médio de 7,5%, mais correções diferenciadas de benefícios.

Diante do ganho real de 3,08% proposto pelos bancos, a orientação da Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) e do Comando Nacional dos Bancários é pela suspensão da greve e volta ao trabalho amanhã.

A informação é do presidente da Contraf, Carlos Cordeiro, divulgada ontem pela internet. Ele diz que, além do aumento real de salário para quem ganha até R$ 5.250, o que atinge 85% dos bancários, a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) garante valorização dos pisos em até 16,33%, maior PLR (Participação nos Lucros e Resultados), combate ao assédio moral e avanços na parte de segurança.

BANCOS PÚBLICOS
O BB (Banco do Brasil) e a Caixa Econômica Federal garantem reajuste de 7,5% para todos os salários, sem a limitação proposta pela Fenaban, e elevação de 12,99% no piso salarial, que passa para R$ 1.600.

O BB promete ainda implantar uma classificação de mérito no plano de carreiras, cargos e salários, com efeito retroativo a 2006.

A Caixa também se compromete a elevar o piso para R$ 1.637 depois de 90 dias e oferece acréscimo linear de R$ 39 em todas as referências do plano de cargos e salários.

Além da proposta de PLR acordada na mesa unificada, a direção da Caixa promete 4% do lucro líquido da instituição, com distribuição linear para todos os funcionários.

MOBILIZAÇÃO
Em greve desde o dia 29 de setembro, devido ao impasse nas negociações, os bancários tentavam pressionar as instituições financeiras para que oferecessem mais que os 4,29% da reposição inflacionária.

A reivindicação dos representantes dos empregados era de 11% de reajuste salarial e a ampliação de benefícios, como PLR de três salários, mais R$ 4.000 para cada funcionário, vale-refeição e alimentação no valor de um salário-mínimo e previdência complementar para todos os trabalhadores.