Pretendendo aumentar o seu negócio, no mercado de reforma de roupas e de malhas em geral, o aposentado Eduardo Cordeiro dos Santos, morador de Santo André, resolveu ampliar o seu maquinário. Ele pretende comprar mais duas máquinas de costura com o crédito de R$ 3.000 que adquiriu na unidade de sua cidade do BPP (Banco do Povo Paulista).

Ele foi o primeiro cliente a obter o empréstimo na agência de Santo André do BPP, que foi inaugurada no dia 10 de dezembro. A entrega simbólica do cheque aconteceu ontem.

"Minha senhora (esposa) já costurava. E, há um ano, entramos no mercado de reforma de roupas. Agora, também vou botar a mão na massa e abrir uma empresa no nome dela", explica Cordeiro dos Santos. "Pretendo chamar mais uma pessoa para ajudar no negócio", acrescenta.

Como acontece em todo o Estado, o aposentado vai pagar o empréstimo com taxa de juros de 0,7% ao mês, o equivalente a 8,7% ao ano. Ou seja, após os 18 meses de seu contrato, mediante a tabela Price de amortização, ele terá pago R$ 3.200.

Segundo o gestor da unidade de Santo André do BPP, Sidney Barbosa, a taxa de 0,7% ao mês é fixa para as três modalidades de crédito oferecidas. "E tanto os empresários formais quanto os informais têm direito ao empréstimo", diz. Até ontem, o banco havia fechado seis contratos de empréstimo. Só munícipes têm direito ao crédito.

MODALIDADES - Os empréstimos do BPP são concedidos direto aos empreendedores, pessoas físicas, com piso de R$ 200 e limite de R$ 5.000. O financiamento chega até 24 vezes. Para pessoas jurídicas (empresas), os empréstimos têm o mesmo piso, mas vão até R$ 7.500. "Já para cooperativas e associações legalizadas, que normalmente são maiores e precisam de mais crédito, os valores chegam a R$ 25 mil", explica Barbosa. Nas duas modalidades, a liquidação da dívida deve ocorrer em até 36 vezes.

Todos os interessados no empréstimo do Banco do Povo passam por análise de crédito. "Porém, nós somos mais como uma mãezona", brinca Barbosa. A analise é feita por um comitê de crédito, formado por representantes do BPP, do Banco do Brasil, da Prefeitura e do governo estadual. Para a vice-prefeita, Dinah Zekcer, o banco é importante, pois "o microempresário é o que tem mais condições de produzir e expandir".