Economia Titulo Campanha Salarial
Metalúrgicos do ABC iniciam nova mobilização por reajuste salarial

Trabalhadores querem pressionar para negociação do reajuste salarial; bancários fazem ato em Diadema

Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
04/09/2009 | 07:00
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O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC deve iniciar hoje processo de mobilização da categoria, em função do impasse criado nas negociações da campanha salarial.

Os trabalhadores do segmento na região, que têm data-base em 1º de setembro, aguardam há 30 dias oferta de aumento dos representantes dos sindicatos patronais. "Até agora não recebemos proposta", afirmou o presidente do sindicato, Sérgio Nobre.

Hoje, a entidade dos empregados faz assembleia, às 8h, em sua sede, em São Bernardo, para encaminhar formas de pressionar as empresas a concederem reajuste. Na pauta de reivindicações endereçadas às indústrias, está, entre outros pontos, a reposição da inflação (4,7%), mais aumento real (o índice não foi revelado). Na base do sindicato, há 94 mil trabalhadores. Em todo o Grande ABC, são 130 mil metalúrgicos.

BANCÁRIOS - Também no aguardo de proposta salarial do empresariado, o Sindicato dos Bancários do ABC realiza hoje, às 9h30, manifestação no Centro de Diadema.

Segundo o diretor da entidade Wagner Arruda, o ato se destina também a "colocar a campanha na rua", e terá "bonecos de Olinda" que vão simbolizar o banqueiro e o lucro dos bancos. Na quinta da semana passada, a entidade fez ato semelhante em Santo André.

Os bancários reivindicam reajuste de 10% (aumento real de 5% mais reposição da inflação) e PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de três salários mais R$ 3.850, entre outros itens.

"Se a negociação não avançar, depois da primeira quinzena do mês faremos chamamento de assembleia para definir estado de greve", afirmou Arruda.

JORNADA - A Força Sindical lançou ontem, com ato no Centro de São Paulo, campanha pela redução da jornada de trabalho para 40 horas sem diminuição de salários. A intenção é mobilizar para aprovação da proposta de emenda constitucional 231/95, que tem como relator o deputado Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho (PT-SP).

"A mudança na lei trará benefícios para toda a população, já que vai oferecer mais tempo para qualificação e mais qualidade de vida", afirmou o secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves, o Juruna.

O sindicalista assinala que são dois os focos de mobilização: a campanha, que tem o apoio das outras centrais, e as negociações salariais das diferentes categorias. Ele cita que vários setores (entre os quais, metalúrgicos de montadoras, petroleiros e bancários) já trabalham menos de 44 horas e a meta é estender a jornada menor para outros setores.

A Força Sindical está programando para a próxima semana panfletagem no Grande ABC.

ELETRICITÁRIOS - Os terceirizados da Eletropaulo decidiram, em assembleia, fazer paralisação de 24 horas no dia 9, em protesto pelas condições oferecidas pelas empresas prestadoras de serviços, entre as quais a diferença salarial em relação ao valor pago pela concessionária aos funcionários diretos.




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