Cultura & Lazer Titulo Lançamento
Fernanda Takai a pedidos
Dojival Filho
Do Diário do Grande ABC
08/08/2009 | 07:00
Compartilhar notícia


A elegância discreta, a inventividade dos arranjos e o notório capricho são os trunfos da segunda empreitada solo da vocalista do Pato Fu, Fernanda Takai, que lança o CD e DVD "Luz Negra" (Deckdisc, R$ 25 e R$ 39, respectivamente).

Gravados ao vivo no Teatro Municipal Manoel Franzen de Lima, na cidade mineira de Nova Lima, o disco e o vídeo registram o show da bem-sucedida turnê do álbum Onde Brilhem os Olhos Seus (2007), em que a cantora presta tributo à musa da bossa nova Nara Leão.

"Tinha uma cobrança dos fãs e eu quis documentar o show porque o sucesso desse disco foi um processo espontâneo. Estou muito feliz com tudo o que vem acontecendo e com a responsabilidade de continuar à altura das críticas positivas e do público", afirma Fernanda.

CENÁRIO E CANÇÕES - Decorado apenas com figuras circulares ao fundo, o cenário do espetáculo é simples e charmoso como as performances dos músicos. No palco, Fernanda conta com a competente banda capitaneada pelo marido, produtor e guitarrista do Pato Fu, John Ulhoa.

Além de recuperar pérolas produzidas por Nara - como o estandarte tropicalista Lindonéia -, a cantora apresenta interpretação reverente de Ordinary World, da banda Duran Duran. Também revisita a lacrimosa Ben, hit do então adolescente Michael Jackson, no início da década de 1970.

A releitura foi gravada em maio, cerca de um mês antes da morte do Rei do Pop. "Conheci essa música quando era bem pequena e ouvia uma fita-cassete de uma prima mais velha, que também tinha Abba e Carpenters. Ainda garoto, o Michael cantava sobre sentimentos e relacionamentos de uma maneira muito profunda para um cara da idade dele", relembra.

A cantora garante que não era tiete do astro norte-americano, ao contrário da filha Nina, 5 anos. "Ela adorava o Michael Jackson e ficou muito triste. Parecia comigo quando era criança e o John Lennon morreu", conta.

PATO FU - Prestes a iniciar a produção do próximo CD de inéditas do Pato Fu - que entra em estúdio em setembro -, Fernanda diz que nunca cogitou separar-se dos companheiros. "O Pato Fu só vai terminar quando todo mundo quiser. Não é uma coisa que vai partir de mim. Acho que dá para fazer as duas coisas."

Aos 17 anos de trajetória profissional e com respeitável currículo, o grupo preserva a independência artística e comercial. Fernanda enumera benefícios e desvantagens dessa maneira de trabalhar.

"Por dez anos, fizemos a música que quisemos dentro da SonyBMG. Por outro lado, a gente se sujeitava a um cronograma e, às vezes, entregava o disco um pouco antes do que gostaria de ter gravado."




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;