Embora o interino Jorginho tenha levado o Palmeiras a duas vitórias seguidas no Brasileiro após a demissão de Vanderlei Luxemburgo, conselheiros pressionam o presidente Luiz Gonzaga Belluzzo e seu vice, Gilberto Cipullo, para que a diretoria defina rapidamente o nome do novo técnico.

Os dirigentes, porém, pede prudência e paciência enquanto esperam pela resposta definitiva do técnico Muricy Ramalho. "Ele quer refletir melhor", disse Cipullo, que admite a pressão.

A intenção declarada do clube é ter o novo contratado comandando a equipe no sábado, contra o Náutico, no Palestra Itália. "Continua sendo essa a nossa meta. Precisamos resolver", confirmou Cipullo. Mas a decisão final é de Belluzzo.

Muricy Ramalho voltou para São Paulo ontem e até foi visto caminhando no bairro do Morumbi, onde mora. O procurador do ex-técnico são-paulino, Márcio Rivellino, é quem mantém contato com os dirigentes do Palmeiras.

O treinador ainda não deu a resposta definitiva, embora no fim da semana passada Rivellino tivesse sinalizado que seu cliente estava disposto a dirigir o Verdão.

A indefinição começa a incomodar, mas Belluzzo mantém o discurso de que não há pressa. "O Jorginho (interino) está fazendo um excelente trabalho. O time jogou bem (em Florianópolis)", desconversou.

Apesar das sugestões feitas por pessoas ligadas à diretoria, os únicos nomes cogitados no momento são os de Muricy Ramalho e Dorival Júnior. Este último entra na briga apenas se o ex-são-paulino afirmar não ter interesse no Palmeiras.

Questionado se acredita que Muricy vai aceitar a proposta, Belluzzo preferiu a cautela. "Acho que sim, mas não tenho certeza."

O ex-comandante tricolor continua recluso e não fala com a imprensa sobre sua decisão.