Cultura & Lazer Titulo Virada Cultural
Em boa fase, Nasi abre a virada
Dojival Filho
Do Diário do Grande ABC
16/05/2009 | 07:00
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Em fase de guinada profissional e serenidade, o cantor Nasi abre oficialmente a extensa série de shows da Virada Cultural Paulista em São Bernardo, hoje, às 18h, no Paço Municipal. O evento tem entrada franca.

Cerca de dois anos após o turbulento fim do Ira! - instituição do rock brasileiro desde a década de 1980 -, o ex-vocalista do grupo fala com entusiasmo notável sobre os planos para a carreira solo.

"Quem me acompanha sabe que estou pleno e mais feliz, ao lado de pessoas com quem vibro e me divirto no palco. Então, eu pergunto: ‘Cadê eles?'", alfineta o intérprete, que reserva a ironia aos ex-companheiros: o guitarrista Edgard Scandurra, o baterista André Jung e o baixista Ricardo Gaspa.

Em seu estilo franco e sarcástico, ele distribui farpas e garante aos fãs que está em plena forma artística. "O público vai saber com quem ficou as boas características do Ira! no palco, como a energia. Sem viadagem".

SHOW E DVD - Acompanhado por Johnny Boy (baixo), Nivaldo Campopiano (guitarra), Evaristo Pádua (bateria) e André Youssef (teclados), o cantor revisita as canções mais significativas de sua trajetória. O set list traz destaques do CD Onde os Anjos Não Ousam Pisar (2006), composições do projeto Nasi & os Irmãos do Blues, além de covers de Raul Seixas, homenageado pelo músico em recente show na Virada Cultural paulistana.

Órfãos do Ira! não têm motivos para preocupações ou mudanças de comportamento, já que o repertório inclui hits como Tarde Vazia, Por Amor e Bebendo Vinho (versão para o sucesso do compositor gaúcho Wander Wildner).

"Quero que desse show saia a base do DVD que pretendo gravar ainda este ano, se tudo der certo. Já tive conversas legais com gravadoras interessadas", revela o frontman.

‘ROUPA SUJA' - Em setembro de 2007, Nasi anunciou a saída do Ira!, depois de suposta agressão que teria sofrido do irmão e empresário da banda, Airton Valadão Rodolfo Junior. Segundo o roqueiro, o empresário avançou sobre ele com uma faca, após discussão sobre negócios.

O episódio iniciou período de lavagem de roupa suja sem precedentes no cenário musical brasileiro. No auge da crise, o pai de Nasi, Airton Valadão, pediu a interdição judicial do vocalista (quando há comprovação clínica de que o indivíduo não tem condições de responder por seus atos, o que o impede de assumir compromissos legais). O pedido foi julgado improcedente.

Juiz nega indenização

O juiz Carlos Alberto de Campos Pereira, da 3ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, julgou improcedente o pedido de indenização por danos morais e materiais movido contra Nasi pela Agência Produtora, do empresário Airton Valadão, irmão do roqueiro. A empresa alega que teve a imagem prejudicada por declarações feitas pelo músico à época da crise. Além disso, teria sofrido prejuízos financeiros pelo cancelamento de shows agendados antes da discussão entre os irmãos. Passível de recurso, a sentença foi publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo, no dia 13.

A Agência Produtora não quis comentar a decisão judicial.




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