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GCMs tentam roubar bingo clandestino
Por Bruno Ribeiro
João Guimarães
Do Diário do Grande ABC
24/02/2008 | 07:05
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Dois guardas civis de São Caetano foram presos ontem ao tentar assaltar um bingo clandestino em funcionamento na Avenida Goiás, altura do número 2.200. Um terceiro funcionário envolvido fugiu.

O sargento da Polícia Militar Vanderlei Manoel de Oliveira estaria fazendo a segurança da casa quando foi feito refém pelos GCMs em fuga. Libertado, a vítima não sofreu ferimentos.

O trio utilizava coletes à prova de balas da Guarda Civil Metropolitana da cidade e da Polícia Militar por baixo das roupas, além de toucas do tipo ninja. Os presos são Harlen Santos Mendes, 35 anos, e Gerson Ferreira, 36. O terceiro envolvido ainda não foi identificado. Sabe-se apenas que seu primeiro nome é Wilson. A corporação assegura que ele não faz parte do efetivo.

Com os presos, a polícia encontrou cinco cartões de crédito em nome de terceiros, um revólver calibre 38 e um boné do Decap (Departamento de Polícia Judiciária da Capital).

A ação ocorreu por volta das 2h. Os acusados não chegaram a concluir o roubo, pois não conseguiram entrar no estabelecimento. Na fuga, levaram o sargento Oliveira como refém. Ele foi colocado em um Palio cinza que desceu a Avenida Goiás, sentido São Paulo. No percurso, o terceiro ladrão desceu do veículo.

Avisada do roubo e do seqüestro, uma viatura da PM bloqueou o veículo ainda na Avenida Goiás. A dupla de assaltantes não resistiu à prisão.

Em depoimento, o sargento declarou que estava no local esperando pela namorada. A Polícia Militar afirmou que não recebeu a informação de que ele fazia bico como segurança e, uma vez que foi identificado como vítima, não haveria motivos para investigações. No boletim de ocorrência, o condutor do fato informou à Polícia Civil que Oliveira é segurança da casa.

REVOLTA - Integrantes da GCM estiveram de madrugada na delegacia-sede de São Caetano, onde o clima era de revolta. “O cara trabalhava com a gente. Isso queima a corporação”, desabafou um guarda.

Mendes está na Guarda há dez anos, enquanto Ferreira ingressou na corporação em 2003. Em nota, a Prefeitura afirmou tratar-se de um fato isolado.




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