O delegado de polícia Marcelo Haddad, da Seccional de Bauru, interior de São Paulo, concluiu ontem o inquérito que apurava o assassinato de um garoto de 15 anos, morto com choques elétricos durante ação policial realizada na cidade no dia 15 de dezembro.

Seis policiais militares que participaram da ação foram indiciados pelos crimes de homicídio doloso qualificado com dolo eventual, de tortura e por abuso de autoridade. São eles: tenente Roger Marcel Vitiver Soares de Souza, 31 anos, cabo Gerson Gonzaga da Silva, 42 anos, soldados Emerson Ferreira, 35, Ricardo Ottaviani, 34, Maurício Augusto Delasta, 33, e Juliano Arcangelo Bonini, 34 anos.

“O inquérito foi encaminhado ao juiz, que comunica ao Ministério Público para este se manifestar”, disse Marcelo Haddad.

No inquérito, entregue ontem à Justiça (1ª Vara Criminal de Bauru), o delegado pediu também a prisão preventiva dos seis policiais.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, os seis policiais militares estão cumprindo prisão temporária no Presídio Militar Romão Gomes, em São Paulo. A prisão temporária tem validade até o próximo dia 20.

Em 18 de dezembro, o IML (Instituto Médico-Legal) de Bauru divulgou laudo atestando que o garoto de 15 anos sofreu falência cardíaca em decorrência de choques elétricos.

O laudo afirma que a vítima apresentou características de queimaduras provocadas por correntes elétricas, que atingiram o coração, o que resultou em arritmia e em falência cardíaca.