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Quinteto derrotado foca carreira profissional

Com futuro político indefinido, vereadores de São Bernardo traçam outros planos para 2013 fora do poder

Por Rogério Santos
Do Diário do Grande ABC
24/12/2012 | 07:05
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Dos 21 vereadores de São Bernardo, cinco viram naufragar a tentativa de renovação dos mandatos para o quadriênio 2013/2016, quando a Casa passará a contar com 28 parlamentares. Com o futuro político indefinido e mais tempo livre, Matias Fiúza (PT), Ivanildo Santana (PTB), Miranda da Fé (DEM), Ary de Oliveira e Sérgio Demarchi (ambos do PSB), projetam maior dedicação às atividades profissionais ano que vem.

Um dos vereadores mais experientes, Ary de Oliveira conquistou 3.177 votos, ficando como o primeiro suplente da coligação com o PTB. Empresário do setor de seguros, diz que a partir de 2013 vai "cuidar dos negócios". Cotado para assumir a Subprefeitura do Rudge Ramos, ele desconversa. "Não conversei nada com o prefeito (Luiz Marinho, PT)."

Já o comerciante Sérgio Demarchi obteve 3.060 sufrágios e ficou com a segunda suplência do PSB. "Vou atuar como militante do partido", disse o parlamentar, que já projeta disputar a eleição para vereador em 2016.

O socialista alegou que ainda não sabe como ficará a situação de sua legenda no segundo mandato de Marinho. Adversário histórico do PT em São Bernardo, o PSB migrou para a base aliada em maio.

Na condição de primeiros suplentes de seus partidos, o pastor evangélico Miranda da Fé e o comerciante Matias Fiúza aguardam a definição do secretariado de Marinho para comemorar, ou não, a permanência na Casa.

Miranda vive a expectativa de o correligionário Mauro Miaguti ser indicado para assumir a Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Fiúza aguarda que pelo menos um dos oito vereadores eleitos pelo PT seja chamado para atuar no governo, abrindo brecha para ele na Câmara.

A situação política de Ivanildo Santana é a mais complicada. Com apenas 1.138 votos conquistados em outubro, ele é o terceiro suplente do PTB. O pastor da Igreja Apostólica Poder da Fé vai se dedicar à atividade religiosa.

 

 

Trio que abdicou de disputar a reeleição vive incógnita

 

Além dos cinco vereadores derrotados nas urnas, outros três parlamentares de São Bernardo com mandatos que expiram dia 31 não estarão no Legislativo em 2013. Ma o motivo que afasta Admir Ferro (PSDB), Tunico Vieira (PMDB) e Vandir Mognon (PSB) não é o insucesso eleitoral na corrida à Câmara. Eles não participaram do pleito por motivos distintos.

Vereador mais votado em 2008, quando recebeu 8.483 votos, Ferro abriu mão de disputar mais um mandato na Casa para ser vice na chapa majoritária encabeçada pelo deputado estadual Alex Manente (PPS), derrotado por Luiz Marinho (PT). Fora da vereança, o tucano pretende abrir escritório de advocacia.

Tunico Vieira abdicou de tentar a reeleição na Câmara disposto a participar da eleição majoritária. Primeiro manifestou o desejo de encabeçar chapa, depois foi cotado para ser vice de Marinho. O peemedebista chegou a ser escolhido para o posto, mas foi demovido após 48 horas, substituído por Frank Aguiar (PTB). Tunico tem apoio do PMDB para disputar cadeira de deputado estadual em 2014. Até lá, atuará como professor universitário e advogado.

Funcionário público aposentado, Vandir Mognon pretende dar uma pausa nas atividades políticas. Isolado no PSB, se aproximou da oposição. O filho dele, Alexander Mognon, foi candidato a vereador pelo PPS, de Alex Manente. O socialista condiciona seu futuro político ao diálogo com o deputado federal William Dib (PSDB). "Vou ouví-lo antes de tomar qualquer decisão."

 

 




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