Política Titulo Esvaziado
Tradicional na cidade, PTB corre risco de sumir em 2012

Sindicalista desconhecida tem missão de resgatar relevância do partido

Raphael Rocha
do Diário do Grande ABC
21/11/2011 | 07:10
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Legenda que governou Diadema entre 1964 e 1969, com Lauro Michels, o PTB corre o risco de passar despercebido pela eleição de 2012. Após a saída da vereadora Marion Magali de Oliveira para o PPL, o partido tenta se articular para manter o legado de ter participação ativa na cidade.

Desde a emancipação de Diadema, em 1959, o PTB figurou entre as siglas mais influentes do município. Em 1964, elegeu Lauro Michels como prefeito e garantiu dois vereadores: Antônio Carlos de Freitas Martins e Luiz Magnani. Naquele ano, o partido foi extinto depois da instauração do golpe militar.

Refundado no fim da década de 1970, o PTB voltou a mostrar força em Diadema. Em 1977, elegeu quatro parlamentares: Jorge Ferreira, José Francisco Alves (atual diretor-presidente da Fundação Florestan Fernandes), Milton Capel (hoje no PV) e Tarcízius Michels. A soberania foi reafirmada quatro anos mais tarde, quando o partido levou à Câmara Edgar Silvério de Sousa, Capel, Gabriel Gonçalves, Maugério Marcie de Oliveira e Valdeci Matias de Souza.

Entre 1989 e 1992, o PTB manteve o prestígio ao garantir quatro vereadores: Jácomo Ventrici, Gabriel Gonçalves, Maugério e Capel. A partir de 1992, a legenda começou a declinar na política de Diadema, ao não eleger representante. Em 1997, Denise Ventrici (hoje presidente municipal do PV) reconduziu o PTB ao Legislativo. Quatro anos mais tarde, Marion manteve a cadeira nas mãos da sigla. Porém, durante o mandato, decidiu migrar para o PSDC, legenda pela qual se reelegeu em 2004. Três anos depois, contudo, ela regressou ao PTB.

A missão de resgatar o PTB de Diadema ficou nas mãos da sindicalista Silvana Guarnieri. Com candidatura própria à Prefeitura avalizada pelo presidente estadual do partido, deputado Campos Machado, Silvana encontra dificuldade de se inserir na política diademense, recheada de caciques.

"Eu não tinha pretensão de assumir o comando do PTB, queria focar somente a candidatura ao Paço. Mas vamos resgatar essa história", diz Silvana.




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