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Marinho corta
verba do trânsito

Presidente do Consórcio retira R$ 500 mil de plano
de Mobilidade e dinheiro vai para comunicação interna

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
24/05/2014 | 07:24
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André Henriques/DGABC


O prefeito de São Bernardo e presidente do Consórcio Intermunicipal, Luiz Marinho (PT), retirou R$ 500 mil orçados para o programa de Mobilidade Urbana desenvolvido pela entidade para aplicar o recurso em ações de comunicação interna da instituição. A alteração orçamentária foi confirmada no dia 15, em publicação no Diário Oficial.

O petista não justificou a alteração financeira no Consórcio. Questionado pela equipe do Diário sobre a decisão de Marinho, o colegiado de prefeitos não se pronunciou a respeito.

Projetado em R$ 19,8 milhões para este ano, o orçamento do Consórcio Intermunicipal destinou R$ 6 milhões para atividades relacionadas à Mobilidade Urbana. O volume para a área corresponde a 30,3% da peça orçamentária vigente.

São R$ 3 milhões para ações de qualificação e ampliação da infraestrutura viária das sete cidades. O restante é alocado para planejamentos de integração e modernização do transporte regional.

Já a comunicação abocanha 40,4% da receita do grupo de chefes de Executivo do Grande ABC. São R$ 8 milhões separados para o setor, sendo R$ 4 milhões para a comunicação social (que envolve a manutenção da assessoria) e a outra metade para comunicação institucional (confecção de publicações sobre a entidade, por exemplo).

O plano de Mobilidade Urbana é uma das principais bandeiras sustentadas por Marinho à frente do Consórcio Intermunicipal. Em abril de 2013, os prefeitos entregaram à ministra do Planejamento, Miriam Belchior (PT), lista de 157 intervenções viárias necessárias para aliviar o trânsito no Grande ABC e solicitaram R$ 7,8 bilhões para o governo federal.

Dentre os eixos da cartilha de investimentos estão programas de implementação de modais integrados de transporte público, adoção de sistema 24 horas e apoio à construção de ciclovias.
Depois de um ano do protocolo junto à ministra, o Ministério das Cidades divulgou que havia aprovado cartas consultas para integrar as obras apontadas pelos prefeitos ao PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) Mobilidade.

Em primeira etapa, R$ 870 milhões seriam liberados para execução de 30 intervenções e 20 projetos nos sete municípios da região.

Entre as propostas do Consórcio estava a extensão do corredor de ônibus Leste/Oeste de São Bernardo. Avaliada em R$ 247 milhões, a obra faria conexão com Diadema e Santo André, podendo até ser conduzida à Capital.
 




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