D+ Titulo Comportamento
Longe das
tradições da
família do Natal

Quem não tem oportunidade de passar as festas com os parentes pode curtir e aprender com novas experiências

Caroline Ropero
Do Diário do Grande ABC
22/12/2013 | 07:00
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As gêmeas Fernanda e Izabela Silva, 17 anos, de Santo André, vão curtir o Natal longe uma da outra e da família pela primeira vez. Elas estão fazendo intercâmbio em diferentes locais dos Estados Unidos e devem voltar ao Brasil após o Ano-Novo. Na noite do feriado, pretendem conversar on-line, mas não conseguirão falar com os pais, porque a família estará na chácara dos avós, que não tem sinal de telefone ou internet. “Virão lembranças e sentirei saudade, mas quero aproveitar essa experiência, os momentos com a família que me acolheu”, conta Izabela, no Kansas. “É estranho principalmente por causa da distância da minha irmã, sempre estivemos juntas. Mas essa chance é única”, diz Fernanda, que está em Missouri.

Desta vez, as garotas não vão aproveitar o calor, entrar na piscina, brincar de jogos de tabuleiro com os primos e fazer amigo secreto. Sem troca de presentes, já ganharam dinheiro dos pais e avós e compraram um celular. Izabela conta que o espírito do Natal gringo é o mesmo do Brasil, com a tradição de reunir a família e ganhar presentes do Papai Noel. No entanto, há diferenças. “As casas são decoradas, iluminadas e algumas têm músicas natalinas”, diz. Fernanda está aproveitando o frio. “Eles brincam bastante na neve e fazem cookies.” Os pais das garotas também sentem saudade, mas acreditam que a experiência trará ensinamentos a elas. “Eles querem que sejamos independentes, por isso, não ficamos nem no mesmo Estado”, diz Izabela.

 

LONGE DOS PAIS
Pietra, 13, e Pablo Mendes Pacheco, 15, de Santo André, vão festejar longe dos pais pela segunda vez. A comemoração será em Belo Horizonte, Minas Gerais, com a tia materna. “Passo o ano inteiro com a minha mãe, então às vezes, é bom ficar longe, sentir saudade e lembrar do amor que temos uma pela outra”, diz a garota. Para Pablo, não importa se a festa é em São Paulo ou em Minas Gerais, mas tem de ser com os parentes. “Não passaria com meus amigos. Antes, para mim, Natal era só presentes. Agora, vejo como uma data importante para a família.” 

Comemorações criam vínculos eternos - Festejar o Natal com parentes é importante, porque gera a sensação de pertencer a um grupo. Mas nem sempre é possível reunir todo mundo. Mesmo assim, vale a pena viver a experiência de estar longe, ter lembranças, sentir saudade e compartilhar costumes com o próximo. “No dia de Natal, todos se falam, trocam bênçãos e recordam o passado. Tudo isso fortalece os vínculos”, explica a psicóloga Ana Bock, professora de Psicologia Social e da Educação da PUC-SP. Ao mesmo tempo, as que não podem estar com as famílias, acabam aprendendo novas culturas.
 




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