Sindicato mantém negociação com gestão Luiz Marinho, mas demandas ainda não avançaram
Quando o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), assinou em março a portaria que restabeleceu a comissão permanente de negociação entre o Paço e o Sindserv (Sindicato dos Servidores Municipais), havia expectativa de que reivindicações da categoria fossem atendidas e tivessem desfecho. Isso porque as demandas não avançaram na primeira gestão do petista, como o PCCR (Plano de Cargos, Carreira e Remuneração) e o Estatuto dos Profissionais do Magistério e da Educação.
Em contrapartida, depois de sete meses, o resultado do diálogo entre o Sindserv e a Secretaria de Administração foi abaixo do esperado. O único pleito contemplado foi o reajuste de 6,77% no salário dos 14.427 funcionários da gestão petista, aprovado pela Câmara em maio.
O presidente do Sindserv, Giovani Chagas, disse que as propostas da administração sobre as demandas dos trabalhadores são discutidas em assembleias, o que estende a negociação. “O importante é que as reivindicações sejam contempladas sem prejuízo ao trabalhador”, alegou.
No momento, o sindicato debate o reajuste salarial e adicional de periculosidade para a GCM (Guarda Civil Municipal) e vigilantes. Para pressionar o governo, uma comissão foi à Câmara nas três últimas sessões para fazer protesto.
Tema discutido desde o ano passado, o Estatuto dos Profissionais da Educação e do Magistério está longe de ser consenso. O texto final da proposta já foi enviado aos vereadores, mas não agrada ao professorado.
O descontentamento tem sido motivado pela proposta de acabar com a realização de concurso público para os cargos de diretores de escola, supervisores e coordenadores pedagógicos. Pela nova regra, os profissionais que ocuparão esses cargos serão realocados da rede municipal de ensino e indicados pela Prefeitura.
Reivindicação antiga do Sindserv, o Plano de Cargos deve ser concluído somente ano que vem. Travado desde 2010, a consolidação do PCCR foi promessa de Marinho na disputa pela reeleição. Mesmo assim, a perspectiva de consenso são cada vez mais remotas.
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